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UE espera implementação de "boa-fé" do compromisso israelo-palestiniano

A União Europeia (UE) elogiou hoje o compromisso entre Israel e a Palestina para reduzir escalada de violência, desejando a implementação de "boa-fé" do acordo e mostrando disponibilidade para contribuir nos esforços para a paz.

UE espera implementação de "boa-fé" do compromisso israelo-palestiniano
Notícias ao Minuto

23:11 - 20/03/23 por Lusa

Mundo União Europeia

Em comunicado, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, saudou "os compromissos assumidos, em particular para pôr fim às medidas unilaterais, respeitar os acordos existentes e estabelecer um mecanismo para reduzir a violência e o incitamento".

Os 27 Estados-membros também elogiam "os esforços destinados a melhorar a economia palestiniana e o compromisso de respeitar o 'status quo' dos locais sagrados", acrescentou Borrell.

O alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança sublinhou ainda que "um diálogo direto contínuo entre as partes continuará a ser crucial", enaltecendo também "o compromisso de retomar as conversações em abril".

Israel e a Palestina renovaram o compromisso conjunto para reduzir a tensão e pôr fim às medidas unilaterais antes do início do Ramadão, o mês sagrado islâmico, apesar de ter havido este domingo outro ato de violência na Cisjordânia ocupada.

O acordo entre as duas partes inclui uma renovação da sua "disposição e compromisso conjuntos de trabalhar imediatamente para pôr fim às medidas unilaterais durante um período de três a seis meses", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio num comunicado divulgado após o encerramento da reunião na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, no sul da península do Sinai.

Israel também se comprometeu a deixar de falar "de novas unidades de colonatos por um período de quatro meses e a deixar de emitir licenças para quaisquer pontos de colonatos por um período de seis meses", refere a nota.

A reunião contou com representantes do Governo israelita e da Autoridade Nacional Palestiniana, bem como responsáveis políticos e de segurança do Egito, Jordânia e Estados Unidos, que discutiram "formas e meios de reduzir as tensões no terreno entre palestinianos e israelitas", com o objetivo de abrir caminho a um acordo pacífico entre ambas as partes.

Esta reunião é uma continuação do acordo alcançado na cidade jordana de Aqaba a 26 de fevereiro, e renova o compromisso de Israel e da Palestina em reduzir a tensão que se vive na região desde o início do ano.

Ambas as partes reafirmaram o seu compromisso de promover "a segurança, estabilidade e paz tanto para israelitas como para palestinianos" e reconheceram "a necessidade de alcançar a calma no terreno e evitar mais violência", refere a nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.

O Egito anunciou um novo encontro entre as partes agendado para abril, também na cidade turística de Sharm el-Sheikh.

Os confrontos entre palestinianos e forças israelitas intensificaram-se em grande medida durante o último ano, e especialmente desde o início de 2023, à medida que as incursões militares israelitas em território ocupado prosseguem quase diariamente.

Pelo menos 86 palestinianos foram mortos em incidentes violentos com colonos judeus ou forças israelitas em 2023, incluindo 16 menores, enquanto do lado israelita morreram 14 pessoas, vítimas de ataques de palestinianos ou árabes-israelitas.

É o início do ano mais mortífero na região desde 2000, com uma média de mais de um palestiniano morto por dia, de acordo com a contagem do Ministério da Saúde palestiniano.

Leia Também: Jordânia condena Israel por mapa com partes da Palestina e Jordania

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