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Autoridades iranianas detêm 5 jovens que publicaram vídeo a dançar
As jovens permaneceram detidas durante dois dias, tendo sido forçadas a gravar uma confissão falsa num novo vídeo, no mesmo local onde se filmaram a dançar.
© shahrak_ekbatan / Twitter
Mundo Irão
Cinco jovens iranianas foram detidas, depois de, na semana passada, terem publicado um vídeo a dançar ao som de ‘Calm Down’, tema do cantor nigeriano Rema e da norte-americana Selena Gomez, com os cabelos descobertos, no Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de março.
Segundo uma página da rede social Twitter que relata o que está a acontecer em Ekbatan, na província de Teerão, as jovens permaneceram detidas durante dois dias, tendo sido forçadas a gravar uma confissão falsa num novo vídeo, no mesmo local onde se filmaram a dançar, desta vez com as cabeças baixas e tapadas.
O mesmo meio tinha, anteriormente, dado conta de que as autoridades estavam a procurar as jovens no local, depois de as imagens – que poderá assistir na galeria acima – se terem tornado virais.
@la.repubblica Sono diventata famose in tutto il mondo le cinque ragazze iraniane che, a capo scoperto, hanno ballato sulle note di "Calm Down" di Rema e Selena Gomez davanti a due palazzoni grigi nel quartiere di Ekbatan a Tehran, in occasione della Giornata internazionale della donna dell'8 marzo. A seguito della provocazione contro il regime (in Iran alle donne è proibito ballare e scoprire il capo in pubblico), sono state fermate, trattenute per 48 ore e costrette a girare un video, nello stesso luogo del primo, in cui dichiarano di essersi pentite del loro gesto. Il loro video però è ormai diventato virale e ha portato tantissime ragazze iraniane a replicarlo: anche loro ballano "Calm Down" in casa o in strada, senza hijab, in segno di solidarietà. #iranprotests #iran #teheran #mahsaamini #CalmDown suono originale - la.repubblica
Em fevereiro, um casal foi condenado a 10 anos e meio de prisão por "corrupção e incitação à prostituição", na sequência de terem publicado um vídeo a dançar na Praça da Liberdade, em Teerão.
Cada vez mais mulheres têm mostrado a sua revolta face ao sistema iraniano desde a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, a 16 de setembro, que foi detida polícia moral por usar o seu hijab "indevidamente", e severamente espancada sob a sua custódia. A jovem sucumbiu aos ferimentos três dias após a detenção, desencadeando a maior revolução que o regime tem visto desde 1979, resultando na morte de mais de 500 pessoas e na detenção de milhares. Até ao momento, pelo menos quatro manifestantes foram executados.
Leia Também: Número de alunas envenenadas nas escolas do Irão sobe para 23 mil
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