Primeiros laboratórios móveis de vacinas RNA chegaram hoje ao Ruanda
Seis unidades móveis de produção de vacinas da farmacêutica alemã BioNTech chegaram hoje ao Ruanda, um primeiro carregamento enviado para África à medida que o continente procura impulsionar o fabrico de vacinas de RNA mensageiro.

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Mundo Ruanda
As unidades, feitas a partir de recipientes reciclados, chegaram à capital ruandesa, Kigali, onde serão montadas para formar um centro de produção de vacinas contra várias doenças.
"Trata-se de um momento histórico", comentou o diretor de exploração da BioNTech, Sierk Poetting.
A pandemia de covid-19 evidenciou a dependência do continente em relação às vacinas importadas.
De acordo com o Centro Africano para o Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC), menos de 50% dos 1,2 mil milhões de pessoas do continente estão totalmente vacinadas contra a covid-19.
O centro de Kigali terá a capacidade de produzir anualmente até 100 milhões de vacinas de RNA mensageiro, e a primeira produção deverá estar concluída dentro de 12 meses.
A tecnologia "pode ir a qualquer lugar", disse Sierk Poetting, sem dar pormenores sobre o custo do projeto.
As unidades móveis, denominadas BioNTainer, produzirão também tratamentos pioneiros na fase de desenvolvimento para doenças como a malária, tuberculose e VIH, que se encontram entre as principais causas de mortalidade em África.
A BioNTech anunciou ter empregado nove cientistas locais e pretende aumentar o pessoal para pelo menos 100 até ao próximo ano e ter funcionários ruandeses a gerir as instalações.
O Ruanda distribuirá depois as vacinas pelos 55 países-membros da União Africana.
"Isto mostra o poder da ciência, das parcerias e da humanidade, o que as pessoas podem fazer para combater uma pandemia aterradora", disse o ministro da Saúde ruandês, Sabin Nsanzimana.
As instalações no Ruanda são as primeiras das três planeadas para África, com entregas planeadas para a África do Sul e Senegal, de acordo com a BioNTech.
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