Damasco condena visita de chefe militar dos EUA ao nordeste da Síria
O governo sírio condenou este domingo a visita surpresa do principal oficial militar dos Estados Unidos a uma base militar no nordeste da Síria mantida por forças curdas, considerando-a "ilegal", segundo a agência de notícias oficial Sana.
© Reuters
Mundo Síria
No sábado, o chefe do Estado-Maior americano, o general Mark Milley, reuniu-se com tropas americanas estacionadas nesta região controlada pelas Forças Democráticas da Síria (SDF, dominadas pelos curdos).
"A Síria condena veementemente a visita ilegal" do general, reagiu um responsável do Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência noticiosa Sana.
Esta é uma "violação flagrante da soberania e integridade" do país, acrescentou a mesma fonte, pedindo à "administração dos EUA que cesse imediatamente as suas violações sistemáticas e contínuas do direito internacional e o seu apoio a grupos armados separatistas".
O Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, considera o destacamento de forças americanas nesta região uma "ocupação" e acusa as forças curdas aliadas aos Estados Unidos de "tendências separatistas".
As autoridades curdas negam quaisquer aspirações separatistas e dizem que pretendem preservar a sua autonomia, que Damasco não reconhece.
Mark Milley "foi ao nordeste da Síria no sábado [...] para se encontrar com comandantes e tropas", disse à AFP o porta-voz do militar, Dave Butler.
Esta é a primeira viagem do general americano à Síria como Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, cargo que exerce desde 2019, segundo a mesma fonte.
A coligação internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos apoia as SDF, liderando a luta contra o Estado Islâmico, expulso dos seus redutos na Síria em 2019.
Cerca de 900 soldados americanos estão mobilizados em várias bases no nordeste do país.
Durante a sua visita, o general "recebeu atualizações sobre a missão contra o Estado Islâmico", segundo Dave Butler.
O general também "inspecionou as medidas de proteção da força e avaliou os esforços de repatriação para o campo de refugiados de Al-Hol", onde vivem mais de 50.000 pessoas, incluindo famílias de jihadistas do Estado Islâmico.
O Estado Islâmico continua a realizar ataques mortais, apesar da perda dos seus redutos e dos golpes infligidos pela coligação.
Leia Também: UE expressa condolências por morte de opositora na Síria
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com