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Rússia rejeita rever suspensão de tratado de desarmamento nuclear com EUA

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Riabkov, garantiu hoje que a suspensão do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (New START) não será revista até que os EUA "mudem o comportamento" na Ucrânia.

Rússia rejeita rever suspensão de tratado de desarmamento nuclear com EUA
Notícias ao Minuto

15:21 - 01/03/23 por Lusa

Mundo New START

"Até que vejamos sinais de bom senso no que estão a fazer em relação à Ucrânia, não vemos nenhuma possibilidade de que a decisão de suspender o acordo New START possa ser revista ou reexaminada", assegurou Riabkov.

Na terça-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto a formalizar a suspensão do tratado New START, o último pacto de desarmamento nuclear com os Estados Unidos da América (EUA) ainda em vigor.

O líder do Kremlin anunciou a medida durante o discurso sobre o Estado da Nação, realizado em 21 de fevereiro, argumentando então que a Rússia estava a ser forçada a suspender a sua participação no tratado devido à política do Ocidente.

Na ocasião, Putin indicou que não se tratava de um abandono total do acordo, alegando que o país devia estar preparado para realizar testes nucleares "se os Estados Unidos os realizassem primeiro".

O tratado New START inclui, além das garantias em termos de inspeções e transparência, o controlo sobre o número de ogivas nucleares que a Rússia ou os Estados Unidos podem abrigar no respetivo território nacional.

O tratado, assinado em 2010, limitou o número de armas nucleares estratégicas, com um máximo de 1.550 ogivas nucleares e 700 sistemas balísticos em terra, mar e ar para cada uma das duas potências.

Apesar da decisão de Putin, Washington mostrou confiança em que esse aspeto permaneça em vigor e que a Rússia não ultrapasse os limites estabelecidos pelo New START.

O New START foi assinado em Praga em 08 de abril de 2010 pelos então Presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Rússia, Dmitri Medvedev.

O ex-Presidente russo é atualmente vice-presidente do Conselho de Segurança russo, órgão composto pelos principais funcionários estatais da Rússia e chefes das agências de defesa e segurança e no qual se tomam todas as decisões militares mais urgentes e importantes.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Putin assina lei para suspender participação da Rússia em acordo nuclear

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