Terrorismo e tráfico de droga são maiores desafios, diz Governo iraquiano

O combate ao terrorismo e ao tráfico de droga são, hoje em dia, os principais desafios do Governo iraquiano, que tem contado com o apoiou da população na denúncia dos dois fenómenos, disse o "número dois" da diplomacia iraquiana.

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Lusa
21/02/2023 08:29 ‧ 21/02/2023 por Lusa

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Iraque

Em declarações à agência Lusa à margem da conferência ministerial União Europeia (UE) e representantes do Médio Oriente e do Norte de África (MENA), o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano, Adil Ibrahim al-Khaldi, sublinhou que após os anos conturbados que se seguiram ao fim do regime de Saddam Hussein, em 2003, o Iraque ainda tem um longo caminho a percorrer.

"O Governo iraquiano e as forças de segurança internacionais estão a trabalhar em conjunto no Iraque para combater o grupo Estado Islâmico [EI] e outros movimentos terroristas. Estamos a trabalhar em conjunto para enfrentar todos desafios e ameaças, como o tráfico de droga, atualmente o maior desafio", afirmou al-Khaldi.

Nesse sentido, acrescentou, o Governo e os parceiros internacionais estão a contar com a ajuda da própria população iraquiana, "o que não deixa de ser curioso".

"O Iraque tem experiência em combater o terrorismo, pelo que estamos a trabalhar em colaboração com a população iraquiana e sobretudo das forças de segurança para fazer face ao terrorismo. Atualmente há uma reação curiosa da população, que demonstra a rejeição popular ao terrorismo e ao grupo EI. Estamos todos agora a combater o mesmo inimigo", acrescentou al-Khaldi.

Questionado pela Lusa sobre as consequências para o Iraque da invasão russa da Ucrânia, o governante iraquiano não se alongou sobre o assunto, indicando que qualquer guerra, seja em que parte do mundo acontecer, "afeta direta ou indiretamente outros países, especialmente os países vizinhos dos que estão em conflito".

"A Rússia e a Ucrânia têm impacto na questão energética mundial, bem como no setor agrícola [produção e exportação de cereais], o que são vantagens para o financiamento do conflito. No entanto, a guerra está a afetar muitos países em todo o mundo", respondeu, acrescentando que Bagdade "condena todas as guerras, onde quer que elas ocorram".

Sobre se o Iraque já recuperou a capacidade de produção petrolífera do passado ou se, antes da invasão russa da Ucrânia, dependia do petróleo e gás da Rússia, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano escusou-se a responder, declarando não ter sido esse o tema que o trouxe à reunião de Lisboa.

Mas, no entanto, garantiu que o Iraque "tem uma excelente capacidade de produção de gás e de petróleo, tal como a Ucrânia e a Rússia".

A conferência ministerial de Lisboa, que reuniu cerca de 40 delegações de Estados membros da UE, Médio Oriente e Norte de África, além de várias agências de segurança internacionais e regionais estabeleceu um Processo de Diálogo Político Regional tripartido (Europa, Médio Oriente e Norte de África), balizado pela criação, no prazo máximo de dois anos, de um quadro jurídico.

Na conferência, as diferentes delegações decidiram também criar uma Estratégia de Cooperação para a Aplicação da Lei, com base num Plano de Ação ainda por definir, decisões que al-Khaldi disse à Lusa estarem em perfeita sintonia.

Leia Também: Quatro militares mortos em ataque atribuído ao Estado Islâmico em Bagdad

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