A medida é tomada 13 dias depois de dois fortes terramotos, de magnitude 7,7 e 7,6, devastarem o sudeste da Turquia e o norte da Síria, tendo causado mais de 45 mil mortos e dezenas de milhares de prédios destruídos.
Os especialistas alertam há anos que Istambul, a maior cidade da Turquia, pode sofrer um terremoto devastador a qualquer momento.
"A partir de segunda-feira, os nossos alunos de 93 escolas e instituições educacionais em (edifícios em) risco serão transferidos para escolas à prova de terramotos", anunciou o gabinete do governador de Istambul em comunicado.
Desta forma, "51.995 alunos e 2.765 professores" terão que mudar de escola e continuar a sua educação em escolas construídas com tecnologia especial para resistir a terramotos, especifica a nota.
O plano prevê a demolição de 76 escolas, enquanto outras 17 serão reformadas e reforçadas.
Conforme relatado hoje pelo serviço de emergência Afad, citado pela agência noticiosa espanhola Efe, o número de vítimas fatais dos terremotos registados até agora na Turquia chega às 40.642, mas ainda existem dezenas de milhares sob os escombros dos prédios destruídos, portanto, espera-se que aumente acentuadamente.
Até agora, cerca de 430.000 pessoas foram retiradas pelas autoridades turcas, segundo a Afad.
Esta catástrofe, considerada a pior sofrida na região em mais de um século, desencadeou uma discussão sobre a falta de edifícios para resistirem a um terremoto e o alarme soou especialmente em Istambul.
Dados oficiais indicam que na cidade, no estreito do Bósforo, existem mais de um milhão de edifícios, dos quais, segundo os especialistas, 250.000 desabariam no caso de um terramoto de magnitude 7,5, enquanto outros 91.810 edifícios sofreriam danos graves ou muito graves, e mais de 167.000 ficariam com danos médios.
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