Conhecido crítico de qualquer tipo de negociações de paz com o Kremin até à retirada das suas tropas da Ucrânia, o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, concedeu (mais) uma proposta de como será possível acelerar o fim da guerra na Ucrânia, destacando “menos burocracia e indecisão política”.
“A guerra terá um fim, com certeza. Para o acelerar, é necessário adotar medidas”, começou por dizer o responsável, recorrendo à rede social Twitter.
Na sua ótica, colocar um ponto final na invasão russa da Ucrânia passará por “menos burocracia e indecisão política”, aliado a “mais matemática – armas mais específicas para esta fase da guerra”.
Assim, Podolyak apelou a “entregas e logística mais rápidas”, de modo a reduzir “consideravelmente a duração da guerra”.
The war has a real ending for sure. To accelerate it, it's necessary to adopt such positions.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) February 14, 2023
1.Less red tape & political indecision.
2.More math – more specific weapons for this stage of the war.
3.Quicker deliveries & logistics...
This will sharply cut the duration of the war.
De notar que o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou, na segunda-feira, que a Aliança enfrenta uma "corrida contra o tempo" no envio de apoio militar suplementar à Ucrânia, alertando que , "quase um ano após a invasão, o presidente [Vladimir] Putin não está a preparar-se para a paz, mas sim para lançar novas ofensivas", indicando, por isso, que Aliados devem "continuar a fornecer à Ucrânia o que precisa para vencer e para alcançar uma paz justa e sustentável".
Estas declarações foram feitas à margem da reunião de ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que decorrerá entre terça e quarta-feira, em Bruxelas.
Por seu turno, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse, na terça-feira, que na próxima semana vai apresentar propostas aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 sobre o financiamento e fornecimento de material militar, designadamente munições, à Ucrânia.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram 7.155 civis desde o início da guerra e 18.817 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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