Ataque no Sudão do Sul faz 27 mortos. 4 são voluntários da Cruz Vermelha
Pelo menos 27 pessoas, entre eles quatro voluntários do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), morreram após num ataque tribal na quinta-feira, numa região meridional do Sudão do Sul, confirmou hoje este organismo.

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O ataque aconteceu um dia antes da chegada do Papa Francisco ao país.
"Infelizmente, soubemos do assassinato de quatro voluntários da Cruz Vermelha do Sudão do Sul e membros da comunidade. Condenamos este assassinato de trabalhadores humanitários e pedimos às autoridades que prendam os perpetradores e os levem à justiça", divulgou hoje o secretário-geral da CICV no Sudão do Sul.
Através da sua conta na rede social Twitter, John Lobor escreveu ainda que "os quatro voluntários, e outros membros das comunidades, foram retirados das suas casas e outros de pontos de captação de água e foram assassinados em grupo".
O representante disse também que foram "cruelmente assassinados".
A comunicação social local indicou que o ataque ocorreu devido a um conflito desencadeado por questões relacionadas com gado e provocou 27 mortes, incluindo seis pastores.
O incidente ocorreu no município de Kajo-Keji, no estado Equatorial Central, no sul do país africano, fortemente abalado pela violência intercomunitária, entre as tribos Nuer, o segundo maior grupo étnico do Sudão do Sul, e o La Bor, de acordo com a comunicação social local.
Este ataque ocorreu um dia antes da chegada do Papa Francisco ao Sudão do Sul, a primeira vez que um pontífice faz uma viagem ao país mais jovem do mundo.
O Sudão do Sul, que se tornou independente em 2011, passou uma década entre lutas sangrentas e confrontos tribais por causa da posse de gado e de terras.
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