Líbano. Diplomata que coordena apoio critica lentidão de reformas

O diplomata francês responsável pela coordenação do apoio internacional ao Líbano lamentou hoje a lentidão na aplicação pelas autoridades das reformas que devem preceder uma ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Lusa
03/02/2023 16:58 ‧ 03/02/2023 por Lusa

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Líbano

O FMI anunciou em abril um acordo de princípio com Beirute para uma ajuda de três mil milhões de euros (2,7 mil milhões de euros) escalonados em quatro anos mas condicionados à concretização de reformas cruciais num país em crise.

"Está verdadeiramente lento", considerou Pierre Duquesne, apesar de sublinhar "alguns pequenos ajustamentos no bom sentido", no decurso de declarações aos 'media' em Beirute.

Entre as reformas exigidas pelo FMI inclui-se a aprovação pelo parlamento do orçamento de 2022, adotado de forma tardia, segundo Duquesne.

O FMI também exige a reforma da lei sobre o segredo bancário, a reestruturação do setor bancário e uma lei sobre o controlo dos capitais, ainda sem aprovação.

"O FMI é a única solução para garantir capitais, credibilidade e confiança (...) e reduzir as desigualdades", sublinhou o diplomata francês.

Pierre Duquesne deslocou-se a Beirute no âmbito de uma missão sobre o apoio da França à reformulação do setor energético do Líbano, e que já promoveu no Egito e Jordânia.

"Os dois países manifestaram uma extrema boa vontade e disseram estar preparados a fornecer gás e eletricidade ao Líbano", um país praticamente privado de energia elétrica, disse o diplomata.

O gás deverá transitar pela Síria, submetida a sanções norte-americanas devido à "lei César" que sancionam os Estados que comercializam com este país.

Duquesne vai deslocar-se em breve a Washington para abordar com o Governo norte-americano permissões de fornecimento de gás egípcio e eletricidade jordana ao Líbano, via Síria.

Deverá ainda reunir-se com responsáveis do Banco Mundial, numa altura em que o fornecimento de gás e eletricidade ao Líbano também está condicionado ao financiamento desta entidade.

O Líbano atravessa desde 2009 uma crise socioeconómica atribuída em particular à corrupção e incúria das lideranças políticas.

Em setembro de 2022 o FMI tinha já advertido as autoridades libanesas pela "lentidão" das reformas, num país onde mais de 80% da população vive no limiar da pobreza, segundo dados da ONU.

Leia Também: Qatar junta-se a Eni e Total para explorar hidrocarbonetos no Líbano

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