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Alemanha promete 200 milhões para preservação do ambiente no Brasil

A Alemanha comprometeu-se hoje com 200 milhões de euros para a projeto de preservação do ambiente no Brasil, incluindo a Amazónia, durante uma reunião em Brasília onde Lula da Silva garantiu que "não vai ter mais garimpo" ilegal.

Alemanha promete 200 milhões para preservação do ambiente no Brasil
Notícias ao Minuto

06:39 - 31/01/23 por Lusa

Mundo Diplomacia

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu o Chanceler alemão Olaf Scholz com honras de Estado, o primeiro líder estrangeiro a fazer uma visita oficial ao país desde que o antigo sindicalista regressou ao poder.

"É uma soma importante" e "vamos continuar neste sentido", disse Scholz numa conferência de imprensa, no Palácio do Planalto após o seu encontro com o Presidente brasileiro.

"Temos um grande objetivo em comum, que é avançar na proteção do clima, proteger a floresta tropical amazónica, e isto só é possível através da cooperação", acrescentou o chanceler alemão.

"O Brasil é o pulmão do mundo. Se tiver problemas, todos nós temos de o ajudar", disse.

Falando sobre a comunidade Yanomani, na Amazónia brasileira, que estão a atravessar uma grave crise humanitária, de desnutrição aguda e surtos de outras doenças, muito por culpa da mineração ilegal, Lula da Silva disse que o Governo anterior "poderia ser tratado como um governo genocida".

"Porque ele [ex-presidente Jair Bolsonaro] é um dos culpados para que aquilo acontecesse. Ele que fazia propaganda que as pessoas tinham que invadir o garimpo, que podia jogar mercúrio", denunciou.

Está cheio de discurso dele falando isso. Então decidimos tomar uma decisão: parar com a brincadeira. Não terá mais garimpo. Se vai demorar um dia ou dois eu não sei, pode demorar um pouco, mas que nós vamos tirar vamos", garantiu.

Hoje, o Supremo Tribunal Federal determinou a apuração da possível participação de autoridades do governo Jair Bolsonaro "nos crimes de genocídio e de delitos ambientais relacionados à vida, à saúde e à segurança de comunidades indígenas".

Horas antes, também em Brasília, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze, anunciaram o apoio da Alemanha, em 200 milhões de euros, para ações ambientais no Brasil.

80 milhões de euros em empréstimos a juros reduzidos, 35 milhões de euros para o Fundo Amazónia, 31 milhões de euros em apoio aos estados da Amazónia para maior proteção florestal, 29,5 milhões de euros para um Fundo Garantidor de Eficiência Energética para pequenas e médias empresas, 13,1 milhões de euros para reflorestamento de áreas degradadas, 9 milhões de euros para apoio a cadeias de abastecimento sustentável e 5,37 milhões de euros para consultoria para o fomento de energias renováveis na indústria e no setor de transportes.

O Fundo Amazonas tinha sido criado em 2008 com doações da Alemanha e da Noruega, no segundo mandato de Lula da Silva à frente do Brasil, mas em 2019 o agora ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro ordenou a sua suspensão.

A Alemanha contribuirá com cerca de 30 milhões de euros, que serão destinados a dois projetos na Amazónia.

Um irá concentrar-se na promoção da economia ecológica e o outro irá apoiar ações destinadas a controlar a desflorestação.

O fundo tem atualmente cerca de 560 milhões de euros, que o novo Governo brasileiro irá resgatar e utilizar em programas a serem definidos pelo Ministério do Ambiente.

Scholz foi o primeiro líder estrangeiro a fazer uma visita oficial ao Brasil desde a tomada de posse de Lula da Silva, chegou hoje a Brasília a partir do Chile, a segunda paragem da viagem que começou no sábado na Argentina.

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