"Discuti questões cruciais com o presidente Trump, da Ucrânia ao comércio. Em relação ao comércio, instruímos as equipas a acelerar o trabalho para chegar a um acordo positivo e justo", referiu Von der Leyen, numa mensagem na rede social X, acompanhada de uma fotografia com o presidente dos EUA, ambos sorridentes.
A cimeira do G7, o grupo dos sete países mais industrializados no mundo, "é uma oportunidade para se envolver em conversas positivas e aprofundadas entre os parceiros", acrescentou.
A reunião termina hoje em Kananaskis, nas Montanhas Rochosas do oeste do Canadá, e, além da ofensiva entre Israel e o Irão e do conflito entre Moscovo e Kiev, é marcada pela guerra comercial lançada pelo governo republicano dos EUA.
Na segunda-feira, o G7 centrou as suas discussões na situação económica global, que colocou todos os olhares em Trump.
O Presidente americano ameaçou, no final de maio, impor imediatamente tarifas de 50% (em vez dos 20% que pretendia inicialmente) caso Bruxelas não demonstrasse maior disponibilidade para negociar.
Depois de falar por telefone com Von der Leyen pouco tempo depois, decidiu adiar a possível data de implementação das tarifas para 09 de julho.
Bruxelas está confiante em chegar a um acordo até essa data, mas o grupo dos 27 Estados-membros admitem que serão necessárias novas negociações sobre os detalhes para além dessa data.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, reconheceu, quando questionado pela agência Efe à sua chegada a Kananaskis, que os problemas com Washington são evidentes e que, por isso, esta cimeira é especialmente importante para alcançar entendimentos.
Em sentido contrário, Trump anunciou na segunda-feira a finalização de um acordo comercial com o Reino Unido, anunciado pela primeira vez em maio, que deverá reduzir as tarifas sobre os produtos de ambos os países.
O republicano considerou o acordo justo para ambas as nações, destacando que "vai gerar muitos empregos e muitos rendimentos", embora o acordo final não inclua tarifas sobre o aço, como previsto anteriormente no acordo provisório, com as negociações sobre o assunto em curso.
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