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Parlamento alemão reconhece genocídio contra minoria yazidi pelo EI

O Parlamento alemão aprovou hoje uma moção que reconhece o genocídio cometido em 2014 contra a minoria dos yazidis de língua curda no noroeste do Iraque pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

Parlamento alemão reconhece genocídio contra minoria yazidi pelo EI
Notícias ao Minuto

13:15 - 19/01/23 por Lusa

Mundo Diplomacia

O texto do Bundestag faz uma série de exigências ao Governo alemão, desde processar suspeitos na Alemanha até prestar apoio financeiro à recolha de provas no Iraque e apoiar a reconstrução dos colonatos yazidi destruídos.

Todos os deputados presentes votaram a favor do texto, apresentado pela coligação no poder e pelo partido conservador CDU, na oposição, reconhecendo o genocídio de que foram vítimas "mais de 5.000" membros desta minoria.

"Como sociedade, como políticos, a nossa missão não é apenas reconhecer, mas também fazer justiça às vítimas", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, numa intervenção no Bundestag (o Parlamento alemão), perante membros de Organizações não Governamentais (ONG) defensoras da causa dos yazidis que assitiram à sessão parlamentar nas galerias.

A Bélgica e a Austrália já tinham feito este reconhecimento, recordou uma fonte parlamentar alemã, e também os Países Baixos, segundo uma associação que defende os direitos dos yazidis.

"Mas a importância do reconhecimento alemão reside no facto de incluir medidas para eliminar as consequências do genocídio", destacou em comunicado a ativista Mirza Dinnayi, uma defensora da causa yazidi.

A Alemanha, onde se encontra uma das maiores comunidades yazidi, é um dos poucos países que tomaram medidas legais contra atos cometidos pelos 'jihadistas' contra esta minoria.

Em novembro do ano passado, a justiça alemã condenou um 'jihadista' iraquiano por genocídio da minoria yazidi, a primeira ação do género no mundo, saudada pela vencedora do Prémio Nobel da Paz Nadia Murad, uma ativista de direitos humanos, como uma vitória pelo reconhecimento dos abusos cometidos pelo EI.

Uma mulher alemã, alegadamente membro do grupo extremista EI, está a ser julgada em Koblenz, no oeste do país, por perseguição a uma mulher yazidi escravizada no Iraque e na Síria entre 2016 e 2019.

Uma equipa especial de investigação da ONU anunciou em maio de 2021 que tinha recolhido "evidências claras e convincentes" de que foi cometido genocídio por 'jihadistas' contra yazidis.

Leia Também: Alegado ex-chefe de segurança do Estado Islâmico detido nos Países Baixos

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