Alvo de mandado de prisão, ex-ministro de Bolsonaro é esperado no Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro por "omissão" nos atos de vandalismo nos ataques contra as sedes dos três poderes perpetrados no passado domingo. É considerado o principal responsável político dos incidentes.

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© REUTERS/Adriano Machado

Daniela Carrilho com Lusa
14/01/2023 10:40 ‧ 14/01/2023 por Daniela Carrilho com Lusa

Mundo

Brasil

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, deve desembarcar no aeroporto de Brasília por esta hora, proveniente dos Estados Unidos, onde se encontrava a passar férias, reporta a imprensa brasileira. 

Na terça-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro por "omissão" nos atos de vandalismo nas sedes dos três poderes da República, em Brasília, no último domingo. É considerado o principal responsável político dos incidentes.

O próprio Anderson Torres revelou, na sua página da rede social Twitter que iria regressar ao Brasil “para se apresentar à justiça” e preparar a sua defesa.

Anderson ainda era o secretário de Segurança do Distrito Federal, unidade federativa brasileira, no dia em que ocorreram as invasões levadas a cabo por bolsonaristas aos edifícios visados durante o ataque - o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal -, o que viria a causar o seu afastamento do cargo.

Foi demitido de funções por Ibaneis Rocha, o governador do Distrito Federal, também ele suspenso das suas funções por um período de 90 dias.

As detenções foram anunciadas numa altura em que tanto a Polícia Militar, como o governo do Distrito Federal têm vindo a ser alvo de duras críticas, devido à sua atuação durante os ataques de domingo, com suspeitas de conivência com os indivíduos que perpetraram a invasão.

Recorde-se que apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram cerca de 1.500 detidos.

A Polícia Federal brasileira informou que cerca de 600 pessoas presas acusadas de participarem nos atos, na maioria idosos com mais de 65 anos, mulheres que têm filhos pequenos e pessoas com comorbilidades graves, foram libertadas para responder em liberdade.

Leia Também: Supremo Tribunal Federal inclui Bolsonaro na investigação aos ataques

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