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Brasil. Supremo Tribunal ordena prisão de ex-ministro de Bolsonaro

De momento, o ex-governante Anderson Torres encontra-se em Orlando, nos Estados Unidos, a passar férias, à semelhança do que acontece com o ex-presidente, Jair Bolsonaro.

Brasil. Supremo Tribunal ordena prisão de ex-ministro de Bolsonaro
Notícias ao Minuto

21:31 - 10/01/23 por Ema Gil Pires

Mundo Brasil

Depois de ordenar a detenção do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, o coronel Fábio Augusto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou esta terça-feira a prisão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, reporta o G1.

Anderson era o secretário de Segurança do Distrito Federal no dia em que ocorreram as invasões levadas a cabo por apoiantes de Jair Bolsonaro às sedes dos três poderes do Brasil. O sucedido viria, inclusive, a causar o seu afastamento do cargo.

O G1 está a reportar que, entretanto, foram já avistados veículos da Polícia Federal à entrada da habitação de Anderson Torres, em Brasília, comprovando as suspeitas de que foi já mesmo dada ordem de detenção. Mas, de momento, o ex-governante encontra-se em Orlando, nos Estados Unidos, a passar férias, à semelhança do que acontece com o ex-presidente, Jair Bolsonaro.

Anderson Torres deixou o cargo que detinha no Ministério da Justiça assim que o governo de Jair Bolsonaro cessou as funções, no primeiro dia deste ano. Nesse momento, viria a assumir a responsabilidade pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, unidade federativa brasileira onde se localizam os edifícios visados durante o ataque - o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.

Porém, Torres viria agora a ser afastado do cargo por Ibaneis Rocha, o governador do Distrito Federal - o qual também foi, depois, suspenso das funções que assumia por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal, por um período de 90 dias.

As detenções que foram anunciadas esta terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal surgem numa altura em que tanto a Polícia Militar, como o governo do Distrito Federal - sobre quem recai a responsabilidade de garantir a segurança dos edifícios associados aos vários poderes brasileiros -, têm vindo a ser alvo de duras críticas, devido à sua atuação durante os ataques de domingo.

À autoridade policial militar do Distrito Federal têm sido, inclusive, associadas suspeitas de conivência com os indivíduos que perpetraram os ataques.

De recordar que, no decorrer destas violentas invasões, foram já detidas cerca de 1.500 pessoas, suspeitas de terem estado, de algum modo, envolvidas nos ataques e ações de vandalismo.

O Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal são, recorde-se, as sedes dos poderes legislativo, executivo e judicial no Brasil, respetivamente.

Os manifestantes pretenderam, com esta iniciativa, mostrar o seu descontentamento contra a atual liderança do país, assumida por Luiz Inácio Lula da Silva - pedindo ainda uma intervenção militar no sentido de derrubar esse executivo, que tomou posse há pouco mais de uma semana.

[Notícia atualizada às 22h07]

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