Advogado nega participação de Bolsonaro nos "movimentos sociais"

O advogado de Jair Bolsonaro negou qualquer envolvimento do ex-presidente brasileiro nos ataques de radicais ao três poderes, depois da Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pedido a abertura de uma investigação.

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© Andressa Anholete/Getty Images

Lusa
14/01/2023 00:01 ‧ 14/01/2023 por Lusa

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"O presidente Jair Bolsonaro repudia veementemente os atos  de vandalismo e depredação do património público cometido pelos infiltrados na manifestação. Ele jamais teve qualquer relação ou participação nestes movimentos sociais espontâneos realizados pela população", disse Frederick  Wassef, numa nota enviada à comunicação social.

"O presidente Jair Bolsonaro sempre  repudiou todos os  atos ilegais e criminosos, e sempre falou publicamente ser contra tais condutas ilícitas,  assim como sempre foi um defensor da Constituição e da democracia. Em todo o seu governo, sempre atuou dentro das quatro linhas da Constituição", acrescentou o advogado de Jair Bolsonaro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF) que investigue o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos, como autor intelectual e instigador dos ataques feito por extremistas aos três poderes, em Brasília, no domingo.

"A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão de representação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Inquérito 4.921, que apura a instigação e autoria intelectual dos atos antidemocráticos que resultaram em episódios de vandalismo e violência em Brasília no último domingo", lê-se num comunicado divulgado na página do Ministério Público Federal.

Os membros do Ministério Público Federal indicam que ao partilhar o vídeo nas suas redes sociais  "no dia 10 de janeiro questionando a regularidade das eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro teria feito incitação pública à prática de crime.

Bolsonaro apagou o vídeo no dia seguinte, na quarta-feira.

Na mesma nota, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, disse que, na sua opinião, embora o vídeo partilhado tenha sido dois dias depois dos ataques dos extremistas ao coração da democracia brasileira, "as condutas apontadas devem ser investigadas".

 "Não se nega a existência de conexão probatória entre os fatos contidos na representação e o objeto deste inquérito, mais amplo em extensão. Por tal motivo, justifica-se a apuração global dos atos praticados antes e depois de 08 de janeiro de 2023 pelo representado", afirmou, pedindo ainda à empresa Meta, que gere o Facebook e o Instagram, que preserve "o vídeo postado e apagado no perfil do ex-presidente na rede social Facebook".

Os ataques culminaram uma escalada de ataques dos 'bolsonaristas' radicais contra a democracia, que desde o dia seguinte às eleições iniciaram mobilizações para incentivar um golpe contra Lula da Silva.

Antes dos ataques às sedes dos três poderes, os radicais de extrema-direita bloquearam estradas, invadiram uma delegacia de Brasília em meados de dezembro e, dias depois, terão deixado um artefacto explosivo próximo ao aeroporto da capital, que foi desativado pela polícia. 

No domingo, apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira que apoiam o anterior presidente, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, na capital brasileira.

Leia Também: MP pede investigação a Bolsonaro como autor e instigador dos ataques

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