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"Putin não verá o seu próximo aniversário", assegura opositor russo

O ex-parlamentar, que foi o único a votar contra a anexação da Crimeia pela Federação Russa, em 2014, apontou que o seu sonho seria "ver Putin em Haia [no Tribunal Penal Internacional]", ainda que acredite que isso não seja possível.

"Putin não verá o seu próximo aniversário", assegura opositor russo

O presidente russo, Vladimir Putin, será assassinado antes do seu aniversário, em outubro. Quem o garantiu foi Ilya Ponomarev, o ex-deputado da Duma (câmara baixa da Assembleia Federal russa) que vive exilado em Kyiv, na Ucrânia.

"O poder de Putin reside na sua posição como um macho alfa, como pessoa que é invencível. 2022 foi o ano em que esta posição começou a diminuir. A minha previsão é que ele não verá o seu próximo aniversário", considerou Ponomarev, em declarações à Newsweek, numa entrevista publicada esta quarta-feira.

O ex-parlamentar, que foi o único a votar contra a anexação da Crimeia pela Federação Russa, em 2014, apontou que o seu sonho seria “ver Putin em Haia [no Tribunal Penal Internacional]”, numa referência aos crimes de guerra cometidos na Ucrânia, ainda que acredite que isso não seja possível.

"Aqueles ao seu redor não permitirão que ele vá a Haia, porque o seu testemunho pode ser muito prejudicial para eles... Por isso, será morto", atirou.

Na sua ótica, Putin, que completa 71 anos a 7 de outubro, “só precisa de uma vitória”.

“Mais precisamente, aquilo que possa declarar como uma vitória”, disse, em declarações ao canal ucraniano Espresso TV.

O maior problema do chefe de Estado russo é, neste momento, a sua falta de capacidade de se apresentar como vencedor perante o povo russo.

“O que Putin tem feito nos últimos meses parece cada vez mais suicídio. A partir do momento em que anunciou a anexação dos territórios ucranianos, não pode simplesmente deixar a Ucrânia, [uma vez que] será um desastre partir assim”, disse, acrescentando que “esta será a sua derrota para os russos”, o que fará com que “Putin [deixe de ser] o seu líder”.

Para Ponomarev, o diretor-adjunto do gabinete de Putin, Serguei Kiriyenko, é o primeiro na corrida para a substituição do chefe de Estado.

A saúde de Putin é, para muitos, vista como frágil, razão pela qual deverá deixar o cargo de presidente em breve. Fontes indicam que o líder terá cancro, tendo sido visto por várias vezes com uma aparência descrita como doente, que alimenta os rumores.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.952 civis desde o início da guerra e 11.144 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Influente nacionalista russo dá a entender que apoia destituição de Putin

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