Prolongadas negociações para acordo mundial sobre plásticos

As negociações para assinar o primeiro acordo internacional de combate à poluição plástica prolongaram-se até sexta-feira, sem ser alcançado um acordo antes do fim do prazo, anunciou o Comité de Negociação Intergovernamental.

Garrafas de plástico

© Shutterstock

Lusa
15/08/2025 00:14 ‧ há 9 horas por Lusa

Mundo

Poluição

"Como as consultas sobre o meu rascunho revisto ainda estão em curso, esta sessão plenária está, portanto, suspensa e reunirá a 15 de agosto de 2025, em horário a definir", disse na quinta-feira à noite o presidente do comité em Genebra, Luis Vayas Valdivieso.

 

Cerca de 184 dos 193 países da ONU participam nesta nova ronda de negociações, decidida após o fracasso da última sessão no final de 2024 em Busan, na Coreia do Sul.

Na fase final das negociações, dezenas de ministros chegaram a Genebra na quarta-feira para tentar desbloquear o processo que tem sido conduzido por diplomatas, mas as negociações, que colocam grandes blocos de países uns contra os outros num clima tenso, são "muito difíceis", disse o ministro do Ambiente dinamarquês, Magnus Heunicke.

O debate opõe um grupo de países produtores de petróleo, que não querem qualquer restrição à produção de plásticos derivados do petróleo nem proibição de moléculas consideradas prejudiciais para o ambiente ou para a saúde a nível global, a um grupo de países que defendem essas restrições.

Eirik Lindebjerg, da organização ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF), teme "compromissos e um mau acordo" de última hora, embora a WWF afirme ter identificado "mais de 150 países a favor da proibição de certos plásticos perigosos e produtos tóxicos" e 136 que desejam que o texto seja reforçado no futuro.

Graham Forbes, chefe da delegação da organização ambientalista Greenpeace, defendeu na quarta-feira que os ministros devem rejeitar um "tratado fraco".

As delegações de mais de 180 países estão reunidas em Genebra, Suíça, e deviam ter concluído na quinta-feira um acordo global vinculativo para travar a produção de plásticos e proteger a saúde humana e o ambiente.

As negociações começaram com um impasse entre o acordo ficar limitado à gestão de resíduos plásticos ou vir a adotar metas concretas e obrigatórias de redução da produção até 2040.

Segundo a ONU, 17 milhões de barris de petróleo são usados para a produção de plástico todos os anos.

Por ano, são usados 500 mil milhões de sacos de plástico. Por minuto, é comprado um milhão de garrafas de plástico.

Leia Também: Negociações para tratado sobre plásticos bloqueadas: "Diálogo de surdos"

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