Uma jovem italiana, de 27 anos, morreu de uma meningite bacteriana não diagnosticada, depois de ter ido três vezes às urgências, por estar com uma dor de cabeça muito forte e ter sido mandada para casa.
De acordo com o La Repubblica, tudo começou em dezembro de 2022 quando Valeria Fioravanti, funcionária do Aeroporto de Roma, foi operada para retirar um abcesso, no Campus Biomédico de Roma.
Dois dias depois de receber alta da cirurgia, a jovem dirigiu-se às urgências da Policlínica Casilino com uma forte dor de cabeça, assim como dores nas costas e pescoço. Depois de ser atendida, foi mandada para casa com o diagnóstico de enxaquecas e com uma prescrição de anti-inflamatórios.
Mas Valeria, que tinha uma filha de 13 meses, não melhorou. Muito pelo contrário. Por isso, dirigiu-se novamente ao hospital. E foi novamente mandada para casa.
A italiana decidiu então tentar as urgências do Hospital San Giovanni, onde os médicos diagnosticaram-lhe uma "protrusão da coluna". Colocaram-lhe um colar cervical e enviaram-lhe novamente para casa com alguma medicação.
No dia 5 de janeiro, Valeria voltou mais uma vez às urgências de San Giovanni. Só nessa altura é que os médicos suspeitaram que se poderia tratar de uma meningite bacteriana.
Após o diagnóstico, a jovem foi operada de urgência, mas já era tarde. Acabou por entrar em coma e, na terça-feira, dia 10 de janeiro, as máquinas foram desligadas e decretada a sua morte.
Os pais de Valeria apresentaram, entretanto, uma queixa no Ministério Público (MP) de Roma. Garantem que a filha foi "expulsa" da unidade hospitalar de Casilino. "Disseram-lhe que estava a exagerar e ameaçaram chamar a polícia", segundo o La Repubblica.
O caso está agora a ser investigado pelas autoridades.
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