Doze mortos em novos protestos no Peru. Total aumenta para 38

O Peru atravessa uma crise política e social devido às manifestações que abalam o país desde a destituição do ex-Presidente Pedro Castillo. Os protestos começaram a 7 de dezembro, em várias regiões do Peru, particularmente na capital, Lima, e na parte sul dos Andes peruanos, depois de o parlamento ter destituído Pedro Castillo da presidência.

Protestos no Peru

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Notícias ao Minuto
09/01/2023 23:25 ‧ 09/01/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Peru

Doze pessoas morreram e 40 ficaram feridas em Juliaca, no Peru, este domingo, no que é o sexto dia de confrontos entre a Polícia Nacional do Peru (PNP) e manifestantes, que pedem a saída da presidente Boluarte, que assumiu o cargo há quase um mês, a dissolução do Congresso e o avanço imediato das eleições. No total, há já 38 mortos desde o início dos protestos.

Os protestos contra o novo governo recomeçaram na quarta-feira, após uma pausa para as férias de fim de ano. 

Os novos confrontos, iniciados por seguidores do ex-presidente Pedro Castillo, aconteceram junto ao aeroporto Inca Manco Cápac, informou o Infobae.

“Do Executivo oferecemos a mão e o coração, vamos às regiões ou vêm à casa do governo para falar sobre o que os leva às ruas para protestar e, de uma vez por todas, vamos acabar com isso", disse Boluarte numa entrevista coletiva em Lima esta semana.

Boluarte criticou os bloqueios de estradas, complicando as atividades económicas e turísticas. Segundo um relatório da Defensoria Pública na quinta-feira passada, há mobilizações, greves e bloqueios em 30 das 195 províncias do país.

“O direito ao protesto pacífico termina quando outros direitos são violados, e isso implica bloquear estradas e não permitir que as pessoas circulem livremente em espaços que foram bloqueados”, frisou Boluarte.

O Peru atravessa uma crise política e social devido às manifestações que abalam o país desde a destituição do ex-Presidente Pedro Castillo.

Os protestos começaram a 7 de dezembro em várias regiões do Peru, particularmente na capital, Lima, e na parte sul dos Andes peruanos, depois de o parlamento ter destituído Pedro Castillo da presidência.

A destituição aconteceu depois de Castillo ter anunciado a dissolução do parlamento e a criação de um executivo de emergência, que governaria por decreto, medida interpretada como uma tentativa de golpe de Estado.

Boluarte, que defende a legalidade constitucional da sua gestão e que no sábado descartou renunciar ao cargo, apresentou um projeto-lei para antecipar as eleições gerais do país para dezembro de 2023, uma decisão que ainda tem de ser resolvida pelo Congresso.

Devido aos acontecimentos no país, milhares de turistas ficaram retidos no Peru, incluindo 66 cidadãos portugueses. Sete deles ainda não conseguiram regressar a Portugal.

Os protestos e manifestações iniciais já tinham feito 26 mortos e levado ao encerramento de aeroportos. 

Leia Também: Peru. Governo promete atender a "reivindicações históricas" de indígenas

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