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Casal de refugiados no Canadá vai poder ver filho recém-nascido nos EUA

Mohamed Jeran e a mulher vão poder visitar o seu filho, que nasceu prematuro nos Estados Unidos, em novembro, durante maiores períodos de tempo. Até agora, visitas não duraram mais do que um dia.

Casal de refugiados no Canadá vai poder ver filho recém-nascido nos EUA
Notícias ao Minuto

20:37 - 29/12/22 por José Miguel Pires

Mundo Canadá

A diplomacia dá muitas dores de cabeça, e que o digam Mohamed Jeran e a sua mulher, refugiados do Iémen que se mudaram para a cidade de Windsor, no Ontário, Canadá, em 2018, e que têm vivido um pesadelo no último mês.

É que, em novembro, a mulher de Jeran entrou em trabalho de parto ao fim de 23 semanas de gestação e a particular situação obrigou os paramédicos a cruzar a fronteira e levá-la ao Hospital para Mulheres Hutzel, em Detroit. Lá, a mulher - cujo nome ficou em anonimato - foi submetida a uma cesariana, sem a presença do pai.

É aqui que entra a confusão: o casal iemenita tem estatuto de residência permanente no Canadá, mas não tem papéis para viajar e, por consequência, não pode pedir um visto para entrar nos EUA. Por isso, Jeran teve de ficar do lado canadiano da fronteira. "Passei a noite toda ao telefone com ela, ouvindo assim de longe, sem poder fazer nada", conta o homem à cadeia canadiana CBC.

O bebé Moataz nasceu a 28 de novembro e está internado desde então na unidade neonatal do hospital norte-americano, com problemas respiratórios, de acordo com uma carta assinada pelo hospital de Detroit, onde Moataz deve ficar de 12 a 15 semanas.

Por sua vez, a mulher de Jeran teve de regressar ao fim de cinco dias, uma vez que também não tem autorização legal para ficar nos EUA.

O iemenita diz que ligou regularmente para a Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá (IRCC), procurando saber o estado do seu requerimento sobre os documentos de viagem, mas muitas vezes não conseguia falar com alguém, ou então pouco avança no processo.

Na semana passada, no entanto, Jeran disse ter ficado aliviado ao saber que os documentos estão a caminho e que deve recebê-los esta semana, de forma a solicitar um visto e poder visitar os EUA durante um período mais longo do que um único dia - até agora, ainda não pôde pernoitar do outro lado da fronteira.

"A [IRCC] ligou e disse que os meus documentos de viagem estão a caminho. Foi uma forte dor de cabeça que já desapareceu da minha cabeça", disse.

Leia Também: Casa Branca apela a "reforma profunda" da política de imigração nos EUA

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