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Sudão do Sul anuncia retirada de ocupantes da cidade de Gumuruk

As autoridades do Sudão do Sul anunciaram a retirada de um grupo de pessoas armadas que tinham ocupado recentemente a cidade de Gumuruk, na área administrativa da Grande Pibor, no meio de um recrudescimento dos confrontos intercomunitários no país.

Sudão do Sul anuncia retirada de ocupantes da cidade de Gumuruk
Notícias ao Minuto

17:43 - 29/12/22 por Lusa

Mundo Sudão do Sul

O porta-voz do exército sul-sudanês, Lul Ruai Koang, disse que as forças governamentais voltaram a entrar na cidade na quarta-feira à tarde após a retirada dos assaltantes, que alegadamente vinham do estado adjacente de Jonglei.

"O exército voltou ontem [quarta-feira] a Gumuruk, após a retirada dos jovens armados de Jonglei, que partiram sozinhos", disse à Rádio Tamazuj, salientando que os militares estão preparados para responder a tais ataques.

Por seu lado, o ministro do governo local da área administrativa da Grande Pibor, Simon Peter Ajeny, confirmou que o exército "reconquistou" a cidade de Gumuruk, indicando ao mesmo tempo que "a situação é difícil".

"A cidade inteira, com 50.000 casas, três escolas e um centro de saúde, foi reduzida a cinzas", disse.

James Morgan Pitia, representante do Sudão do Sul junto da União Africana (UA), apelou ao organismo para ajudar o governo central nos seus esforços para desarmar e desmobilizar tais milícias e recordou que o bloco fez o mesmo "quando as guerras na Libéria e Serra Leoa terminaram", de acordo com a estação radiofónica Eye Radio.

As autoridades de Jonglei apelaram quarta-feira ao governo central para intervir e pôr fim aos combates, apelando ao mesmo tempo à retirada dos assaltantes. O ministro da Informação John Samuel Manyoun chamou-lhes "criminosos".

As Nações Unidas expressaram na semana passada uma "profunda preocupação" com os apelos à mobilização de membros da comunidade nuer na Grande Jonglei e advertiram que poderia levar a "ataques maciços" contra a população nesta área do Sudão do Sul.

O Sudão do Sul tem um governo de unidade que surgiu após o acordo de paz de 2018 entre o Presidente Salva Kiir e o líder rebelde Riek Machar, o que resultou no regresso de Machar ao posto de primeiro vice-presidente do Sudão do Sul.

Apesar do declínio da violência devido ao conflito político, o país tem assistido a um aumento dos confrontos intercomunitários, motivado principalmente por roubos de gado e disputas entre pastores e agricultores nas zonas mais férteis do país, especialmente devido ao aumento da desertificação e do deslocamento da população.

Leia Também: 30 mil pessoas fugiram da violência entre grupos armados no Sudão do Sul

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