O homem suspeito de matar três pessoas a tiro e ferir outras três, esta sexta-feira, em Paris, já tinha sido acusado de duas tentativas de homicídio.
De acordo com o Le Fígaro, o primeiro crime aconteceu em Seine-Saint-Denis, em 2016, quando esfaqueou um homem que o assaltou. O suspeito chegou mesmo a ser julgado, mas o Ministério Público (MP) recorreu e o caso ainda não transitou em julgado.
Anos mais tarde, a 8 de dezembro de 2021, o homem destruiu várias tendas de um acampamento de migrantes, no distrito de Bercy, com um sabre (uma espécie de espada). O ataque deixou duas pessoas feridas.
O homem foi indiciado por "violência racista com arma de fogo" e tentativa de homicídio, em fevereiro de 2022. Segundo a procuradora do MP de Paris, Laure Beccuau, o suspeito aguardava julgamento em prisão preventiva, mas foi libertado há cerca de 10 dias.
Perante estas informações e o facto de o tiroteio desta sexta-feira ter ocorrido dentro do Centro Cultural Curdo Ahmet Kaya, as autoridades acreditam que o maquinista reformado tinha também hoje "motivações racistas".
O presumível autor dos disparos era, contudo, desconhecido dos arquivos dos serviços secretos franceses e da Direção-Geral de Segurança Interna (DGSI), disseram as mesmas fontes.
"O assassino, também ferido com gravidade, foi transportado para o hospital, disse a responsável pelo 10.º Bairro de Paris, Alexandra Cordebard, citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP).
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