Tribunal condena à morte 17 antigos membros do Estado Islâmico na Líbia

Um tribunal da Líbia condenou à morte 17 antigos membros do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), pela participação no assassinato de 53 pessoas, adiantou esta segunda-feira, em comunicado, o principal procurador do país, com sede em Trípoli.

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Lusa
19/12/2022 21:57 ‧ 19/12/2022 por Lusa

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Estado Islâmico

As sentenças de morte determinadas aos réus por participação no assassinato de 53 pessoas na cidade ocidental de Sabratha e por destruição de propriedade pública, referiu o procurador no comunicado.

Outros 16 militantes foram condenados a penas de prisão, dois destes a perpétua.

O tribunal não especificou quando é que as sentenças serão executadas, noticiou a agência Associated Press (AP).

A Líbia, rica em petróleo, mergulhou numa grande crise política desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em 2011, sendo prejudicada posteriormente por divisões entre o leste e o oeste do país.

Desde março que dois governos disputam o poder na Líbia, um com sede em Tripoli (oeste) e reconhecido pela ONU, e outro apoiado pelo Parlamento e pelos correlegionários de Haftar, com base no leste.

Extremistas islâmicos expandiram o seu alcance na Líbia depois desde a queda de Kadhafi em 2011.

No entanto, ao contrário da Síria e do Iraque, o EI não conseguiu lucrar com o caos e conquistar grandes áreas da Líbia. Em vez disso, o grupo está limitado apenas a zonas administrativos espalhadas por todo o país norte-africano, sendo incapaz de obter supremacia sobre as numerosas milícias bem armadas da Líbia, fortemente ligadas por lealdades tribais.

Vários campos de treino do EI estavam localizados fora de Sabratha, no oeste. No início de 2016, cerca de 700 de seus combatentes, a maioria tunisianos, estavam baseados na área. Em março de 2016, afiliados do grupo assumiram brevemente o quartel-general da cidade e decapitaram 12 oficiais de segurança líbios antes de usar os cadáveres sem cabeça para bloquear as estradas próximas.

A praça dos Mártires, no centro de Sirte, foi transformada pelo EI num palco para execuções públicas extrajudiciais -- incluindo decapitações por espada -- por uma ampla variedade de crimes.

Em abril de 2016, perto do auge do seu poder, o ramo líbio do grupo militante recrutou cerca de 6.000 combatentes, estimam especialistas militares dos EUA.

O EI foi expulso do seu principal reduto, a cidade costeira de Sirte, em 2016, e fugiu para o interior. Os militantes também mantêm presença em outras zonas, como Sabratha, não muito longe da fronteira do país com a Tunísia.

Em fevereiro de 2016, os Estados Unidos realizaram um ataque aéreo num campo de treino do EI perto de Sabratha, matando pelo menos 40 pessoas, como parte do seu esforço para erradicar o grupo 'jihadista'.

Leia Também: Nove polícias mortos no Iraque em ataque reivindicado pelo Daesh

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