Jordânia. Pelo menos 44 detidos em protestos por aumento de combustíveis
Pelo menos 44 pessoas foram detidas na Jordânia durante os protestos da última semana contra o aumento dos preços de combustível, marcados pela morte a tiro de um alto responsável da polícia no sul do país.
© Getty Images
Mundo Jordânia
"Pelo menos 44 pessoas que participaram nos distúrbios em várias regiões do reino foram presas e levadas ante a justiça", divulgou hoje a direção de Segurança Pública, num comunicado publicado na sua página na rede social Facebook.
As forças de segurança da Jordânia também notaram uma "diminuição notável nas atividades da unidade anti-distúrbios desde sexta-feira", especialmente no sul do país.
A situação parece ter acalmado em Husseiniya, na província de Maan, a cerca de 218 quilómetros a sul de Amã, onde foi morto com um tiro na cabeça o 'número dois' da polícia, Abdelrazzak Aldalabih.
As autoridades asseguram que "as investigações sobre o incidente do martírio do coronel continuam e não se deterão até que o autor seja preso e entregue à justiça para receber o seu terrível castigo".
Nos últimos dias, várias províncias no sul da Jordânia têm sido palco de greves contra o aumento dos preços de combustíveis. O protesto começou com motoristas de camiões, mas estendeu-se a mercados e empresas.
Em alguns lugares, os manifestantes bloquearam estradas com pneus em chamas ou entraram em confronto com as forças de segurança.
Os preços quase duplicaram em relação ao ano passado, principalmente o do gasóleo, geralmente usado em camiões e autocarros, e o do querosene, principal combustível para o aquecimento.
Em resposta ao movimento, o Governo jordano propôs apoios aos motoristas e ajudas financeiras às famílias mais afetadas, mas a solução não terá satisfeito os grevistas.
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