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Ex-presidente do TC da Guiné-Conacri detido por corrupção

A justiça da Guiné-Conacri deteve o ex-presidente do Tribunal Constitucional, que em 2020 validou a candidatura de Alpha Condé para um terceiro mandato presidencial, por alegada corrupção, disse o procurador de um tribunal especial criado pela junta no poder.

Ex-presidente do TC da Guiné-Conacri detido por corrupção
Notícias ao Minuto

17:55 - 16/12/22 por Lusa

Mundo Guiné-Conacri

Os militares, que tomaram o poder pela força em setembro de 2021, tornaram a luta contra a corrupção, que é considerada endémica na Guiné-Conacri, uma das suas maiores batalhas. Desde então, muitos dos antigos oficiais do regime de Alpha Condé, incluindo ministros e o antigo primeiro-ministro Ibrahima Kassory Fofana, foram detidos.

O ex-presidente Condé (2010 a 2021), o primeiro Presidente democraticamente eleito da antiga colónia francesa na África Ocidental, e mais de 180 altos funcionários ou ex-ministros, estão a ser processados por alegada corrupção.

O antigo chefe do Supremo Tribunal Mohamed Lamine Bangoura, "está detido desde quarta-feira na prisão central", a prisão civil de Conacri, disse hoje à France-Presse (AFP) Aly Touré, procurador do Tribunal de Repressão a Infrações Económicas e Financeiras (Crief, na sigla em francês).

Bangoura está a ser processado por "desvio de fundos públicos, branqueamento de capitais, corrupção e enriquecimento ilícito", disse Touré, sem especificar os factos que são alegados contra o arguido.

O Tribunal Constitucional, presidido por Bangoura, tinha validado o projeto da nova Constituição, cuja adoção num referendo em março de 2020 tinha permitido ao então Presidente Condé libertar-se do limite máximo de dois mandatos.

Bangoura foi nomeado presidente do Tribunal Constitucional da Guiné em setembro de 2018, em substituição de Kéléfa Sall, que estava em desacordo com o Presidente Alpha Condé. A validação da reeleição de Condé em novembro de 2020 por Bangoura gerou protestos que foram brutalmente reprimidos, levando a dezenas de mortes.

O Crief, um tribunal anti-corrupção, foi criado pelos militares liderados pelo coronel Mamadi Doumbouya, chefe da junta que derrubou o Presidente Condé.

O coronel Doumbouya tornou-se Presidente e comprometeu-se a entregar o poder aos civis eleitos no prazo de dois anos a partir de janeiro de 2023.

Ao tomar o poder garantiu que não haveria "caça às bruxas" mas que a justiça seria a "bússola" do país.

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