"A União Europeia apela à realização de uma investigação aprofundada e ao acesso desimpedido ao local e às vítimas para que este massacre seja totalmente esclarecido e os autores destes crimes sejam identificados e levados a tribunal", segundo um comunicado do Serviço de Política Externa da UE.
Uma investigação preliminar do Escritório Conjunto de Direitos Humanos das Nações Unidas (UNJHRO) e da missão da ONU na RDCongo (Monusco) confirmou na quinta-feira que os rebeldes M23 mataram pelo menos 131 civis - 102 homens, 17 mulheres e 12 crianças - durante atos de represália contra a população civil.
Além disso, pelo menos 22 mulheres e cinco meninas foram violadas.
Os ataques ocorreram em 29 e 30 de novembro nas cidades de Kishishe e Bambo, que pertencem ao território de Rutshuru e à província de Kivu do Norte.
A UE reiterou o apoio "inabalável" dos 27 aos esforços diplomáticos regionais para pacificar a região.
"Os acordos assinados devem ser aplicados sem demora. Os grupos armados devem terminar as suas ações, retirar-se das áreas que ocupam e depor as armas. Todas as formas de apoio a esses vários grupos devem cessar imediatamente", acrescenta o Serviço de Política Externa da UE.
Os incidentes fizeram parte de uma campanha de retaliação do M23 após ter sido atacado pelos grupos rebeldes Mayi-Mayi Mazembe, a Coligação de Movimentos pela Mudança de Nyatura e as Forças Democráticas de Libertação de Ruanda (FDLR), que têm as suas bases na região.
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