"Nós saudamos as instituições peruanas por garantirem a estabilidade democrática e continuamos a apoiar o Peru e o seu Governo de unidade nacional que a Presidente Boluarte prometeu formar", disse hoje o porta-voz da diplomacia americana, Ned Price.
Segundo o responsável, os Estados Unidos "condenam categoricamente qualquer ação no Peru que procure destabilizar a ordem democrática e ir contra os compromissos assumidos na Carta Democrática Interamericana de respeito pelos valores democráticos, direitos humanos e Estado de Direito".
Na quarta-feira, Washington condenou a tentativa de dissolução do parlamento peruano por parte do ex-Presidente Pedro Castillo.
Já o Presidente mexicano, López Obrador, optou por adiar o reconhecimento da nova Presidente do Peru.
"Isso irá ser resolvido pelo Ministério das Relações Externas. Estão a fazer a análise da situação e temos de esperar um pouco. Está tudo muito fresco. Temos de aderir aos princípios constitucionais de não intervenção", disse hoje o chefe de Estado mexicano, numa conferência de imprensa.
O Ministério Público do Peru determinou na quarta-feira a detenção do Presidente deposto, por ter violado a ordem constitucional, após ter anunciado a dissolução do parlamento e a criação de um "governo de emergência".
O parlamento do Peru aprovou a moção de censura contra o Presidente do país por "incapacidade moral", com 101 dos 130 votos a favor, horas depois de Pedro Castillo ter anunciado a dissolução deste órgão, a criação de um "governo de emergência" e a instituição de um recolher obrigatório.
Dina Boluarte, anterior vice-Presidente peruana, foi empossada esta quarta-feira como a nova chefe de Estado do Peru, a primeira mulher a assumir o cargo no país.
Esta advogada de esquerda, de 60 anos, assegurou que entre os seus compromissos estará "a defesa" da soberania nacional e "cumprir e fazer cumprir" a Constituição e as leis do seu país.
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