Lituânia alerta para ameaça russa no enclave de Kaliningrado

O ministro da Defesa da Lituânia, Arvydas Anusauskas, alertou hoje que a ameaça russa continua presente no enclave de Kaliningrado e que na região "os militares foram substituídos e continua a haver armas nucleares".

PAGEGIAI, LITHUANIA - APRIL 16: A road sign directs traffic towards Kaliningrad on April 16, 2022 in Pagegiai, Lithuania. Russia's Kaliningrad exclave, on the shore of the Baltic Sea, is sandwiched between NATO members Lithuania and Poland and is the Balt

© Getty Images

Lusa
02/12/2022 23:25 ‧ 02/12/2022 por Lusa

Mundo

Kaliningrado

"Observamos como a região de Kaliningrado se converte num porta-aviões indestrutível da Rússia na região. Tem as suas capacidades, as suas armas nucleares táticas, aqui, junto à Lituânia", garantiu o ministro antes de referir que aqueles militares que foram transferidos do território para a Ucrânia já foram substituídos por outros efetivos mobilizados, adiantou a Europa Press.

Nesse sentido, indicou que este destacamento "às vezes ameaça a Lituânia", com que o território faz fronteira a norte, e afirmou que "o nível de ameaça varia, mas não desaparece".

Ainda que tenha reconhecido que a ameaça para a Lituânia "não é significativa neste momento em que a Rússia envia as suas forças para a Ucrânia", lamentou que exista a necessidade de "preparar-se para o pior", aludindo à possibilidade de a guerra extravasar as fronteiras ucranianas.

"Se não te preparas para o pior, o pior cenário possível vai converter-se em realidade. Agora os políticos dizem que os países bálticos tinham razão. Agora vamos ouvi-los", garantiu.

O ministro da Defesa da Lituânia tem previsto enviar ajuda de mais de dois milhões de euros para a Ucrânia, que vão chegar a cerca de 25 mil militares ucranianos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: NATO avisa: Instalação de mísseis em Kaliningrado não reduz tensões

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