Meteorologia

  • 11 MAIO 2024
Tempo
23º
MIN 15º MÁX 23º

Jovem almoçou e foi para casa de praia após atacar escolas no Brasil

Há quatro mortos confirmados e vários feridos em estado grave, incluindo uma rapariga de 14 anos, que foi baleada na cabeça. Continuam a ser conhecidos novos detalhes sobre o massacre.

Jovem almoçou e foi para casa de praia após atacar escolas no Brasil
Notícias ao Minuto

16:20 - 28/11/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Brasil

O jovem de 16 anos que, na última sexta-feira, levou a cabo um ataque a tiro em duas escolas de Aracruz, no estado brasileiro do Espírito Santo, guardou as armas após o massacre, almoçou e seguiu para a casa de praia da família com os pais, segundo revelou a Polícia Civil, esta segunda-feira.

Recorde-se que, na sequência do ataque, quatro pessoas morreram e mais de 10 ficaram feridas. O ataque ocorreu por volta das 09h30 (hora local) e o adolescente foi detido pelas 14h10. 

Desde o ataque à detenção, o suspeito agiu sempre "naturalmente", tal como destacou a polícia, em conferência de imprensa.

"[Após o ataque] ele volta para casa em Coqueiral, pega todos os objetos que usou na ação e guarda para que os pais não desconfiem que ele tinha usado. Coloca tudo onde estava e fica no interior da casa como se nada tivesse acontecido. Os pais chegam e ele reage naturalmente", disse o superintendente da polícia João Francisco Filho, citado pelo site brasileiro.

De seguida, o suspeito foi para uma casa de praia, com os pais, onde foi detido.

As autoridades revelaram ainda que as investigações preliminares mostram que o atirador não terá escolhido as vítimas e fez disparos aleatórios.

Recorde-se que o adolescente entrou na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti e começou a disparar mal entrou no recinto. Depois, deslocou-se até à sala dos professores. De seguida, foi de carro até à escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral. No total, morreram quatro pessoas, três docentes, que lecionavam na primeira escola, e uma menina, de 12 anos, que estudava na segunda.

"Disse que escolheu aleatoriamente as vítimas, como a primeira sala era a dos professores, foi a sala que ele teve acessos mais fácil", explicou o delegado.

Já André Jareta, outro delegado da polícia, contou que o suspeito já entrou na sala dos professores a atirar, esgotou "as munições que tinha", saiu da sala, trocou de carregador e voltou à sala dos professores, descarregando novamente a arma.

Do ataque resultaram ainda cerca de uma dezena de feridos, dos quais cinco permanecem hospitalizados - três são professoras. Há duas pessoas em estado grave e uma adolescente, de 14 anos, em estado muito grave, tendo sido baleada na cabeça.

Tal como já tinha sido noticiado, no seu depoimento, o atirador disse que agiu sozinho, contudo, apesar destas declarações, as autoridades continuam a investigar se o suspeito recebeu a ajuda de outras pessoas no massacre.

As autoridades investigam, entre outros factos, o acesso e habilidade do suspeito com armas, o facto de saber conduzir e o acesso a um carro, bem como a sua possível ligação a grupos extremistas, uma vez que, no dia do crime, o jovem usava roupa com um símbolo nazi.

As armas usadas eram do pai do adolescente, polícia militar. As motivações não são conhecidas.

Leia Também: Brasil. Polícia investiga envolvimento de terceiros em ataque a escolas

Recomendados para si

;
Campo obrigatório