O Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos classificou, esta terça-feira, como "crítica" a situação no Irão. Um porta-voz de Volker Turk acusou uma intensificação da reposta das autoridades iranianas aos protestos dos últimos dois meses, que terão resultado em mais de 300 mortes.
"O crescente número de mortes em protestos no Irão, incluindo duas crianças no fim de semana, e o endurecimento da resposta das forças de segurança, destacam a situação crítica no país", disse durante uma conferência de imprensa em Genebra, citado pela Reuters.
O Irão está envolvido em protestos há dois meses, que se seguiram à morte de Mahsa Amini, a jovem curda de 22 anos que morreu nas mãos da denominada 'polícia da moral' iraniana, depois de ter sido detida por usar roupas consideradas 'inapropriadas'.
Por sua vez, o regime de Teerão culpa o mundo ocidental pelos protestos, que têm ocupado as ruas do país, causando destruição e desafiando o regime da República Islâmica instaurado em 1979.
O Gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (OHCHR) afirmou que mais de 300 pessoas foram mortas até agora, incluindo mais de 40 crianças. Mortes registadas no país inteiro, em 25 das 31 províncias.
É esperado um debate em Genebra do Concelho dos Direitos Humanos da ONU sobre os protestos, onde deverá ser debatida uma proposta para investigar os acontecimentos no Irão.
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