A Europa tem-se dedicado, nos últimos nove meses, a sancionar o regime de Vladimir Putin como consequência da invasão à Ucrânia. Como tal, as empresas russas têm sido afetadas por essas mesmas sanções, dentro de fronteiras, mas não só.
Na cidade italiana de Siracusa, na Sicília, a filial da petrolífera russa Lukoil teme um eventual fecho como consequência dessas sanções e, como tal, milhares de trabalhadores tomaram nesta sexta-feira as ruas da cidade para protestar o futuro sombrio que paira. As imagens do protesto podem ser vistas na galeria publicada nesta notícia.
"Os navios russos vão parar a 5 de dezembro, devido ao embargo que o governo anterior decidiu", disse o porta-voz do sindicato, Luciano Spataro. "Esperamos que o novo governo encontre uma solução para evitar esta catástrofe."
Os trabalhadores exigiram ação do novo ministro do Desenvolvimento Económico italiano, Alfonso Urso, que esteve reunido em Roma com líderes sindicais, de forma a encontrar soluções para o eventual fecho da refinaria, que emprega 3.500 pessoas direta e indiretamente.
Como consequência da invasão russa da Ucrânia, a União Europeia tem aplicado vários pacotes de sanções económicas ao Kremlin. No total, estimou o comissário de Justiça da União Europeia (UE), Didier Reynders, estas ações resultaram já no congelamento de ativos avaliados em mais de 17 mil milhões de euros.
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