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Pró-russos abandonam cidade do sul da Ucrânia alegando ataques de Kyiv

As autoridades pró-russas anunciaram hoje que se retiraram da cidade de Nova Kakhovka, acusando as forças de Kyiv de bombardear a cidade do sul da Ucrânia perto de uma barragem hidroelétrica estratégica.

Pró-russos abandonam cidade do sul da Ucrânia alegando ataques de Kyiv
Notícias ao Minuto

14:50 - 15/11/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

A cidade da região de Kherson situa-se na margem esquerda (oriental) do Rio Dniepre, para onde as forças russas se retiraram na semana passada, porque não conseguiram segurar a margem direita (ocidental) face a uma contraofensiva ucraniana.

"Os funcionários da administração pública de Nova Kakhovka, das instituições estatais e municipais também deixaram a cidade e foram reafetados a lugares seguros", disse a administração instalada por Moscovo, citada pela agência francesa AFP.

A administração da cidade não precisou se o exército russo permaneceu na cidade ou se também se retirou.

As forças russas já tinham deixado a cidade de Kherson, a capital regional, na semana passada, num humilhante revés para Moscovo.

Após a retirada russa da margem direita, em 11 de novembro, "Nova Kakhovka ficou sob fogo direto da artilharia pesada e morteiros das forças armadas ucranianas", disse a administração de ocupação.

"A vida na cidade tornou-se perigosa", referiu, acrescentando que milhares de residentes também deixaram Nova Kakhovka.

A cidade fica perto da barragem hidroelétrica de Kakhovka, tomada pelos russos no início da sua ofensiva contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano.

Trata-se de uma infraestrutura de grande importância no fornecimento de água à península da Crimeia, mais a sul, que Moscovo anexou em 2014.

Construída em 1956, durante o período soviético, a barragem permite o escoamento de água para o Canal Norte da Crimeia, que corre a partir do sul da Ucrânia através da península.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou as forças russas de minar as unidades da barragem e da central elétrica, alertando que se a estrutura explodisse, inundaria "mais de 80 localidades".

Segundo Kyiv, uma destruição da infraestrutura afetaria também o abastecimento de água a todo o sul da Ucrânia e poderia afetar o arrefecimento dos reatores da central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, que retira água do lago artificial da barragem de 18 milhões de metros cúbicos.

As autoridades russas de ocupação negaram as denúncias ucranianas sobre a barragem de Kakhovka, referindo que a sua destruição iria dificultar o abastecimento de água à Crimeia.

Na sequência da retirada russa, as autoridades de ocupação anunciaram, no fim de semana, a escolha da cidade portuária de Henichesk, na margem sul do Dniepre, como a capital provisória da região de Kherson.

A Rússia ocupou Kherson no início de março, e anexou esta região do sul da Ucrânia em 30 de setembro, juntamente com Zaporijia, Donetsk e Lugansk.

Moscovo já tinha anexado a península da ucraniana da Crimeia em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nos territórios anexados.

O fim da ocupação dos territórios anexados é uma das exigências da Ucrânia para negociar o fim da guerra com a Rússia.

Zelensky fez uma visita surpresa a Kherson na segunda-feira, e declarou que a reconquista da única capital regional sob controlo russo significava o "início do fim da guerra".

Leia Também: Ataque russo em Kyiv e sirenes antiaéreas ativadas em diversas regiões

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