Na semana passada, confrontos entre membros da tribo Hausa e tribos rivais na aldeia de Wad al-Mahi, a leste da cidade de Roseires, provocaram 13 mortos, segundo a Organização das Nações Unidas.
"Recebemos 10 corpos no hospital Wad al-Mahi", disse uma fonte médica.
Outra fonte do hospital de Roseires disse ter sido registada a transferência de "mais cinco corpos e 10 feridos" para aquela unidade sanitária.
A violência recomeçou apesar do destacamento de grandes forças de segurança na área, disse um líder tribal hausa.
Na segunda-feira, as autoridades sudanesas impuseram o recolher obrigatório noturno na área de Wad al-Mahi.
Os confrontos deveram-se a uma disputa por terras, segundo a ONU.
A questão do acesso à terra é muito sensível no Sudão, um dos países mais pobres do mundo, onde a agricultura e a pecuária representam 43% dos empregos e 30% do Produto Interno Bruto.
O uso costumeiro proíbe os Hausa, a última tribo a chegar ao Nilo Azul, de possuírem a terra, mas a tribo contesta a proibição.
Confrontos entre o grupo étnico africano Hausa e tribos rivais entre julho e início de outubro provocaram pelo menos 149 mortos, centenas de feridos e cerca de 65.000 deslocados, segundo a ONU.
Os conflitos tribais estão a aumentar no Sudão devido, dizem os especialistas, ao vácuo de segurança criado pelo golpe de 25 de outubro de 2021 em Cartum.
Leia Também: Pelo menos 13 pessoas morreram em confrontos tribais no sul do Sudão