O movimento de Matekane, intitulado Revolução para a Prosperidade, criado apenas seis meses antes das eleições de sexta-feira, obteve 56 dos 120 lugares no parlamento.
Considerado o homem mais rico do Lesoto, Matekane apresentou-se às eleições com a ambição de "salvar o país" e deverá tornar-se agora primeiro-ministro.
No entanto, deverá precisar de formar uma coligação para governar.
Os dois partidos que dominavam até agora a paisagem política do Lesoto -- Congresso Democrático e Convenção de Todo o Basotho, obtiveram, respetivamente, 29 e oito assentos parlamentares.
O Lesoto, um dos países mais pobres do mundo, com uma monarquia constitucional, foi a votos na sexta-feira, com mais de 50 partidos concorrentes, dos quais apenas três aspiravam a governar os 2,1 milhões de habitantes.
Nas anteriores eleições, em 2017, apenas 47% dos eleitores inscritos votaram, com a Convenção de Todo o Basotho a eleger 48 deputados, enquanto o Congresso Democrata elegeu 30.
O parlamento tem 120 lugares e dois terços dos deputados são eleitos pelo escrutínio maioritário e o restante terço de forma proporcional.
Nos últimos 10 anos, nenhum partido obteve a maioria absoluta nas urnas e têm-se sucedido governos de coligação, mas com as divisões e mudanças de estratégia a tornarem-nos ineficazes.
O país regista atualmente elevados índices de desemprego e criminalidade.
O rei Letsie III do Lesoto preside a uma monarquia constitucional, mas não tem praticamente nenhum poder político.
Observadores eleitorais da União Europeia, da Commonwealth, da União Africana e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral acompanharam o processo eleitoral.
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