"Não conseguimos encontrar o paradeiro de uma testemunha importante neste caso e a procuradoria decidiu retirar as acusações contra o acusado", anunciou o procurador Gareth Lappan durante uma audiência na capital, Maseru.
As acusações também foram retiradas contra a atual mulher do ex-primeiro-ministro, Maesaiah Thabane, acrescentou Lappan.
Thabane, de 83 anos, foi acusado de contratar assassinos para matar a primeira mulher, Lipolelo, em junho de 2017, dois dias antes de assumir o cargo de chefe de governo no reino montanhoso, sem litoral encravado na África do Sul.
O caso mergulhou o país numa crise política que acabou por levar Thomas Thabane a renunciar em maio de 2020, abandonado pela coligação que apoiou o seu governo durante três anos.
O Supremo Tribunal acusou Thabane em novembro passado, acusando-o de ter "causado ilegal e intencionalmente a morte de Lipolelo Thabane" em 14 de junho de 2017.
Entre os cinco coarguidos estava a atual mulher, Maesaiah, de 40 anos, casada dois meses após o assassínio e que beneficiou de uma controversa liberdade de fiança em junho de 2021.
Os outros quatro coarguidos são os alegados assassinos que teriam sido contratados por Thomas Thabane e Maesaiah, para matar Lipolelo Thabane, de 58 anos.
Lipolelo e Thomas Thabane estavam envolvidos num processo de divórcio litigioso.
A polícia acusou o primeiro-ministro (2017-2020) de ter pagado a assassinos o equivalente a 21.000 euros para matar a primeira mulher.
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