"A Rússia é uma ameaça à segurança internacional", sublinhou a Alta Representantes para a Política Externa da UE, Kaja Kallas, num debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França).
"Hoje, perante a Nato e a UE, a Rússia não tem qualquer hipótese. Mas temos de permanecer unidos", no debate de preparação da cimeira dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Nato, na sigla inglesa), que decorre na próxima semana em Haia.
Referindo ainda que "o contexto em que a reunião decorre não pode ser ignorado, vivemos tempos difíceis e complexos", Kallas apelou a um acordo na Aliança Atlântica para um aumento até 5% das despesas militares do Produto Interno Bruto (PIB) dos seus membros.
Dos 32 países da Nato, 23 são também membros da UE, pelo que Kallas referiu ainda que o bloco pode mobilizar 650 mil milhões de euros em despesa nos próximos quatro anos e acrescentar 1,5% do PIB aos orçamentos nacionais para defesa.
"A Rússia é já uma ameaça direta para a UE", disse ainda Kaja Kallas, antiga primeira-ministra da Estónia, vizinha da Rússia no Báltico, exemplificando com manobras junto a fronteiras com o bloco europeu e violações do espaço aéreo.
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