O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já ofereceu uma primeira reação aos ataques russos que assolaram, esta manhã, o território ucraniano. 

"Ao 229.º dia [de guerra], estão a tentar destruir-nos e eliminar-nos da face da terra. Completamente. Destruir o nosso povo enquanto dorme em casa, em Zaporíjia. Matar pessoas que iam a caminho do trabalho em Dnipro e Kyiv", pode ler-se na publicação feita por Zelensky no Instagram.

E acrescentou: "O alarme de ataque aéreo não para em toda a Ucrânia. Há mísseis a cair. Infelizmente, há mortos e feridos. Por favor, não abandone os abrigos. Cuide de si e dos seus entes queridos. Seguremo-nos e sejamos fortes".

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Numa publicação seguinte, na mesma rede social, o chefe de Estado ucraniano ofereceu ainda mais algumas considerações sobre as explosões desta segunda-feira. "É uma manhã difícil. Estamos a lidar com terroristas. Dúzias de mísseis Shahids iranianos. Eles têm dois alvos", referiu Zelensky. 

E que alvos são esses? Nas palavras do presidente da Ucrânia, um deles são as "instalações energéticas" que "estão espalhadas por todo o país". E acrescentou: "Eles querem pânico e caos, querem destruir o nosso sistema energético".

Já o "segundo alvo são as pessoas", prosseguiu Volodymyr Zelensky. "Escolheram especialmente esta altura do dia e estes alvos para causar o máximo de danos possíveis", disse ainda o chefe de Estado.

Para fechar esta segunda publicação, o presidente ucraniano deixou uma mensagem de esperança: "A Ucrânia existia antes do aparecimento deste inimigo, a Ucrânia existirá depois dele", aludindo claramente à Rússia.

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De recordar que, ao longo desta manhã, várias cidades ucranianas - nomeadamente Kyiv, Lviv, Kharkiv, Mykolaiv, Zaporíjia, Dnipro, Zhytomyr e Ternopil - registaram inúmeras explosões. De momento, apenas existem estimativas acerca das fatalidades em Kyiv, com Rostislav Smirnov, assessor chefe do Ministério do Interior da Ucrânia, a dar conta que pelo menos oito pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas.

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou já, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), 6.114 civis mortos e 9.132 feridos desde o início da guerra, apesar desta entidade alertar que estes números ficam bastante abaixo dos reais.

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