De acordo com informações do Tribunal Supremo de Islamabad, o veredito foi adotado por unanimidade, após se considerar que Khan "demonstrou honestidade ao pedir desculpas ao juiz".
Posteriormente, o ex-primeiro-ministro aplaudiu a "grande decisão" do tribunal.
Khan pediu desculpas pelos seus comentários durante uma manifestação realizada em 22 de setembro e prometeu não voltar a fazer alegações semelhantes. O ex-primeiro-ministro ameaçou publicamente Chaudhri durante um protesto contra as autoridades do país.
A decisão ocorre um mês após este mesmo tribunal ter ordenado a retirada das acusações de terrorismo contra Khan em relação às suas declarações durante o referido protesto, em que criticou o aparato judiciário por manter uma atitude supostamente "preconceituosa" em relação ao seu partido, sublinhando que teriam que assumir as "consequências".
Da mesma forma, o ex-primeiro-ministro insinuou que a polícia obedeceu a "ordens de cima" na suposta tortura contra o seu principal assessor, Shahbaz Gill, chegando a assegurar que este foi vítima de abuso sexual sob custódia num caso de suposta sedição.
Durante o seu discurso, o ex-primeiro-ministro reiterou ainda que foi vítima de uma conspiração internacional, com o conluio das forças de segurança, o que levou à moção de censura que lhe custou o cargo em abril, depois de o Supremo Tribunal ter revogado a sua decisão de dissolver o Parlamento e convocar eleições para tentar impedir a votação.
O atual primeiro-ministro do Paquistão, Shebhaz Sharif, está a atravessar uma grave crise política desencadeada pela moção de censura ao seu antecessor, Khan, bem como um momento de incerteza devido à falta de liquidez.
Sharif tem de convencer o Fundo Monetário Internacional (FMI) a libertar recursos para poder enfrentar a crise económica que o país atravessa.
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