OSCE diz que jornalistas são fundamentais para a segurança e a democracia
A representante da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) para a liberdade dos 'media', Teresa Ribeiro, destacou hoje o papel dos jornalistas para manter as "democracias saudáveis", numa conferência em Varsóvia que discutiu a cobertura jornalística da guerra na Ucrânia.
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Mundo OSCE
"Sem jornalistas que possam fazer o seu trabalho não há liberdade dos 'media', sem liberdade dos 'media' não há segurança", disse Teresa Ribeiro, citada num comunicado da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Numa intervenção na Conferência sobre a Dimensão Humana, que decorre na capital polaca até 07 de outubro, a antiga secretária de Estado portuguesa disse que os 'media' e a sociedade civil alertam para más condutas e ameaças às liberdades no seio da OSCE.
"Dependemos deles para assegurar que os Estados participantes na OSCE implementem os seus compromissos, e eles alertam-nos para a má conduta e ameaças à liberdade dos meios de comunicação", disse Teresa Ribeiro.
"Mais do que nunca, precisamos de unir forças para manter as nossas democracias saudáveis e as nossas sociedades seguras", acrescentou.
Com sede em Viena, a OSCE reúne 57 países da Europa, Ásia Central e América do Norte, incluindo a Rússia e a Ucrânia, que estão em guerra há mais de sete meses.
Durante a conferência de Varsóvia, foi discutida a cobertura da guerra na Ucrânia, incluindo o papel dos jornalistas ma "responsabilização por possíveis violações dos direitos humanos e crimes de guerra", de acordo com a OSCE.
Segundo dados do Comité para a Proteção de Jornalistas, 15 profissionais dos 'media' foram mortos na Ucrânia desde que o país foi invadido pela Rússia, em 24 de fevereiro deste ano.
Os participantes num debate promovido pelo gabinete de Teresa Ribeiro na conferência destacaram a importância da encriptação na proteção da liberdade de expressão na era digital, e alertaram para leis e práticas na região da OSCE que estão a afetar essas tecnologias.
"A sessão concluiu que a falta (ou perceção de falta) de privacidade pode ter um efeito arrepiante e levar à autocensura", disse a OSCE no comunicado.
Teresa Ribeiro, que foi nomeada para o cargo no final de 2020, inicia no sábado uma deslocação de quatro dias ao Tajiquistão, onde se encontrará com autoridades do país da Ásia Central, e representantes da sociedade civil e dos 'media'.
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