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G7 diz que "nunca reconhecerá falsos referendos" no leste da Ucrânia

O G7, um grupo de sete potências mundiais, advertiu hoje que "nunca reconhecerá" o que qualifica de "falsos referendos" organizados pelos independentistas russófonos e Rússia nas regiões que controlam na Ucrânia e pediu à comunidade internacional para "rejeitá-los".

G7 diz que "nunca reconhecerá falsos referendos" no leste da Ucrânia
Notícias ao Minuto

19:37 - 23/09/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

A Rússia "tenta utilizar os falsos referendos para alterar a soberania territorial da Ucrânia", afirmam os líderes do G7 em comunicado divulgado na Alemanha, que exerce a presidência rotativa do grupo.

Através destas consultas "está a ser claramente violada a Carta das Nações Unidas" e o direito internacional, prossegue o texto.

Os referendos não têm "nenhum efeito legal nem legitimidade", para além de decorrerem "em zonas que foram ocupadas à força pela Rússia", assinala o G7, um grupo que integra dos Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Itália e Reino Unido, para além da Alemanha.

Os sete países também condenam a "mobilização parcial" de reservistas ordenada pelo Kremlin, e ainda a "irresponsável retórica nuclear".

"Continuaremos a fornecer apoio, financeiro, humanitário, militar, diplomático e jurídico à Ucrânia", assegura o G7, que destaca a importância da próxima reunião para a reconstrução desse país, prevista para Berlim em 25 de outubro.

Os referendos de anexação pela Rússia foram hoje iniciados nas regiões controladas totalmente ou parcialmente pelas forças locais e por Moscovo, escrutínios definidos como "simulacros" por Kiev e os ocidentais, e que sugerem uma nova escalada do conflito.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Ucrânia? "Referendos não serão reconhecidos por ninguém"

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