A mulher, com dupla nacionalidade suíça-italiana, foi julgada e condenada pelo tribunal criminal federal da Suíça.
A agressora, cujo nome e idade não foi revelado, havendo apenas a indicação de que tem perto de 30 anos, também foi condenada pela "prática ilegal de prostituição", anunciou o tribunal de Bellinzona. A prostituição regulamentada é permitida na Suíça.
O veredicto segue-se a um julgamento de quatro dias no final de agosto e início de setembro, depois do ataque que ocorreu a 24 de novembro de 2020, numa área comercial da cidade suíça de Lugano.
A suspeita foi rapidamente detida e as duas mulheres que foram atacadas --- aparentemente ao acaso --- sobreviveram.
Na sua decisão, o tribunal disse que a agressora tinha usado uma faca para tentar decapitar as vítimas "enquanto elogiava o ISIS" --- um acrónimo do grupo radical Estado Islâmico --- num ataque premeditado.
"Para o tribunal, a arguida agiu com total ausência de escrúpulos, motivo e objetivo particularmente odiosos, e não deu sinais de querer arrepender-se ou apresentar sérias desculpas, quer durante a investigação, quer durante o processo judicial", refere a instância judicial em comunicado.
Este ataque foi um raro caso de violência ligado ao extremismo islâmico radical na Suíça, poupada à onda de violência que atingiu outros países da Europa e de todo o mundo nas últimas duas décadas.
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