Os manifestantes gritaram "Barkhane fora", "Abaixo a França", "Viva Putin e Rússia", antes de realizarem uma reunião em frente à Assembleia Nacional. Alguns manifestantes empunhavam bandeiras russas e faziam sinais hostis a França e a força Barkhane.
A manifestação foi autorizada pelas autoridades municipais de Niamei.
Cerca de 3.000 militares franceses estão destacads no Sahel - incluindo no Níger, um dos principais aliados de Paris -, após a sua retirada total do Mali.
Em abril, os deputados do Níger votaram favoravelmente um texto que autorizava o destacamento de forças estrangeiras no território, nomeadamente francesas, para combater os jihadistas.
"Há slogans anti-franceses, porque exigimos a partida imediata da força Barkhane do Níger, que está a alienar a nossa soberania e a desestabilizar o Sahel", disse à AFP o coordenador do Movimento M62, Seydou Abdoulaye, que organizou a manifestação.
Usando uma t-shirt com a imagem do antigo presidente revolucionário do Burkina Faso, Thomas Sankara, Seydou Abdoulaye acusou o antigo poder colonial de "apoio ativo" aos "jihadistas que espalharam o terrorismo do Mali", vizinhos do Níger e do Burkina Faso.
A manifestação de hoje visou ainda protestar contra o custo de vida no Níger, onde um recente aumento dos preços do gasóleo afetou o preço de alguns bens.
O Níger enfrenta ataques regulares de grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico no Sahel, a oeste, e ao grupo Boko Haram e ao Estado Islâmico na África Ocidental, a sudeste.
O país alberga há anos várias bases militares estrangeiras, nomeadamente francesas e americanas, dedicadas à luta contra os jihadistas no Sahel.
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