Uma mulher na pequena localidade de Maddock, no estado norte-americano do Dakota do Norte, provocou um susto ao entrar em um bar com um guaxinim - um animal selvagem que pode ter raiva.
A 'surpresa' da mulher levou a que as autoridades de saúde do estado rural emitissem um alerta sobre uma possível exposição a raiva, uma doença extremamente perigosa e considerada praticamente fatal quando atinge seres humanos.
Atualmente, não existe tratamento para a raiva assim que os sintomas se começam a manifestar, e a morte é praticamente certa após uma a duas semanas dos primeiros sintomas aparecerem. A doença, no entanto, não é contagiosa, e normalmente espalha-se através do contacto com animais infetados, seja por mordidelas ou por contacto com a saliva do animal.
Segundo contou à Associated Press uma funcionária do pequeno 'saloon', uma cliente entrou pelo bar com um animar durante 'happy hour' (uma hora definida por estabelecimentos na qual as bebidas são servidas a um valor reduzido). Estariam dez pessoas dentro do bar, na altura em que mulher e animal entraram no estabelecimento.
Cindy Smith, a funcionária, conta que os gerentes e alguns clientes pediram à mulher que saísse do local, mas esta andou pelo bar para mostrar o guaxinim a outra pessoa.
A estadia do guaxinim e da sua portadora durou cerca de cinco minutos.
"O animal nunca saiu dos braços dela e de certeza que ninguém foi mordido", garante Smith.
O estado do Dakota do Norte não é estranho a casos de raiva. Segundo a Associated Press, foram registados seis casos de animais raivosos este ano: dois morcegos, dois gatos, um bovino e uma doninha. Nenhum caso resultou na exposição com uma pessoa.
O departamento de saúde do Dakota do Norte pediu, em comunicado, que as pessoas que tenham interagido com o guaxinim se mantenham alerta sobre possíveis sintomas. "Como a raiva é uma doença extremamente severa, com uma taxa de mortalidade de quase 100%, estamos a tornar esta informação disponível como uma medida de precaução", disse a epidemiologista Amanda Bakken, no mesmo comunicado.
O pequeno incidente poderá não resultar em contornos mais graves, caso se confirme que ninguém foi mordido pelo guaxinim. No entanto, a vila de Maddock, com cerca de 500 pessoas, não escapa ao susto - e a mulher não foge de condenações. "Não faço ideia do que ela estava a pensar", criticou Cindy Smith.
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