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Brasil. Discussão política entre colegas de trabalho termina em homicídio

Uma discussão política entre dois colegas de trabalho sobre Lula da Silva e Jair Bolsonaro na cidade brasileira de Confresa, estado de Mato Grosso, terminou em homicídio na noite em que o país celebrava o bicentenário da sua independência.

Brasil. Discussão política entre colegas de trabalho termina em homicídio
Notícias ao Minuto

17:45 - 09/09/22 por Lusa

Mundo Brasil

"O que levou ao crime foi a opinião política divergente. A vítima estava defendendo o Lula e o autor defendendo o Bolsonaro", explicou o delegado Victor Oliveira, à imprensa local.

Segundo a imprensa local, que cita fontes policiais, os dois homens passaram horas a discutir sobre política enquanto cortavam lenha numa propriedade rural.

Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, que defendia o ex-chefe de Estado e candidato presidencial às eleições de 02 de outubro, Lula da Silva, deu um murro em Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, apoiante do atual Presidente, Jair Bolsonaro, e, de seguida, agarrou numa faca.

Rafael Silva de Oliveira acabou por conseguir ficar com a faca e desferiu 15 golpes no apoiante de Lula da Silva. Benedito foi atingido com golpes no olho, na testa e no pescoço. Depois de desferir os golpes, Rafael Silva de Oliveira ainda tentou decapitar Benedito Cardoso dos Santos com um machado.

O homem de 24 anos foi detido e confessou o crime e foi colocado em prisão preventiva.

"Num Estado democrático de Direito, no qual o pluralismo político é um dos seus princípios fundamentais, torna-se ainda mais reprovável a conduta do custodiado (...). A intolerância não deve e não será admitida, sob pena de regredirmos aos tempos de barbárie. A liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável", disse o juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes, para justificar a prisão preventiva.

Nos últimos meses têm existido alguns episódios de conflitos entre apoiantes de Bolsonaro e Lula.

Na semana passada, dentro de uma igreja evangélica em Goiânia, capital do estado de Goiás, um militar disparou contra um apoiante de Lula da Silva. A discussão, segundo a imprensa local, teria começado porque o pastor da igreja estava a pregar contra os partidos de esquerda.

O caso mais mediático aconteceu na Foz do Iguaçu, em julho, quando o guarda municipal Marcelo Arruda foi morto a tiro pelo agente policial penal Jorge Guaranho, depois de este ter invadido a festa de aniversário temática do Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula da Silva.

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