Cereais exportados para fora da Europa? "Rússia não pode ditar" decisão
Conselheiro de Zelensky frisou que o acordo assinado entre e Rússia, Ucrânia, Turquia e ONU não permite à Rússia decidir o destino dos cereais ucranianos.
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Mundo Guerra na Ucrânia
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, afirmou, esta quarta-feira, que as alegações russas sobre o destino dos cereais ucranianos são “chocantes”, uma vez que o acordo assinado pela Organização das Nações Unidas (ONU), Turquia, Ucrânia e Rússia não dá a Moscovo tal poder de decisão.
Em causa está o facto de o presidente russo, Vladimir Putin, ter revelado hoje que vai falar com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, para exigir que os cereais ucranianos se dirijam para “os países mais pobres” e não para a Europa.
“Os acordos assinados em Istambul dizem respeito apenas a uma questão, que é a transferência de navios de carga através do Mar Negro”, disse o conselheiro de Volodymyr Zelensky à agência de notícias Reuters. “A Rússia não pode ditar para onde a Ucrânia deve enviar os seus cereais, e a Ucrânia não dita o mesmo para a Rússia”.
A Ucrânia e a Rússia assinaram, no final de julho, em Istambul, um acordo para permitir a exportação de cereais ucranianos, bloqueados nos portos do Mar Negro devido à guerra. O acordo foi negociado durante dois meses sob mediação da Turquia e das Nações Unidas.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de 5.600 civis morreram e oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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