ONU condena ataque a embaixada russa em Cabul

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou hoje o ataque nas imediações da Embaixada russa em Cabul, Afeganistão, sublinhando que agressões contra bens civis, incluindo missões diplomáticas, são "estritamente proibidos pelo Direito Internacional Humanitário".

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Lusa
05/09/2022 21:28 ‧ 05/09/2022 por Lusa

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"O secretário-geral condena veementemente o ataque de hoje em Cabul, nas imediações da Embaixada da Federação Russa. O secretário-geral transmite as suas condolências às famílias dos falecidos e deseja uma rápida recuperação aos feridos", indicou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado.

António Guterres "reitera que os ataques contra civis e bens civis, incluindo missões diplomáticas, são estritamente proibidos pelo Direito Internacional Humanitário", acrescenta a nota.

O atentado que ocorreu hoje junto à Embaixada russa no Afeganistão matou pelo menos seis pessoas, incluindo o segundo secretário e um segurança, anunciou o Comité de Investigação Russo, com base em informações preliminares sobre o ataque suicida.

Além dos dois funcionários da embaixada russa, pelo menos quatro outras pessoas, de nacionalidade afegã, foram mortas e outras onze ficaram feridas.

Anteriormente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros apenas tinha indicado que dois funcionários da embaixada russa em Cabul tinham sido mortos no ataque, mas sem detalhes sobre cargos.

O Kremlin condenou o ataque, enquanto o ministro russo dos Negócios Estraneiros, Seguei Lavrov, pediu que os autores do ataque sejam encontrados e julgados num "futuro próximo".

O atentado suicida ocorreu quando o atacante carregado de explosivos foi descoberto e morto pelas forças de segurança talibãs nas proximidades do complexo.

De acordo com o porta-voz da polícia, "o bombista suicida foi morto pelas forças de segurança e foi nessa altura que a explosão ocorreu".

Os talibãs disseram que as suas agências de segurança estão a conduzir uma investigação aprofundada sobre o incidente e "tomarão medidas mais sérias para a segurança da embaixada".

Até agora nenhum grupo armado reivindicou a responsabilidade pelo ataque, embora o grupo 'jihadista' Estado Islâmico esteja geralmente por detrás destes ataques, tornando-se a principal ameaça desde o regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão, há um ano.

A Rússia foi um dos primeiros e poucos países a defender a aproximação com os talibãs, apesar de estes não terem o reconhecimento da comunidade internacional.

Embora Moscovo também não tenha oficializado o seu reconhecimento do regime fundamentalista -- é considerado um grupo terrorista na Rússia -- é uma das poucas nações que mantém o seu serviço diplomático ativo no Afeganistão.

Leia Também: Estado Islâmico reivindica ataque junto a embaixada russa em Cabul

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