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EUA. Jornal escolar premiado obrigado a encerrar por referências LGBTQI+
Ação levou os defensores da liberdade de imprensa a condenar este ato de censura a uma publicação que existia há 54 anos.
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Mundo Escolas
Os administradores de uma escola em Grand Island, no Nebraska, Estados Unidos (EUA) fecharam um premiado jornal escolar poucos dias após uma edição que incluía artigos sobre questões LGBTQI+.
De acordo com o jornal The Guardian, esta ação levou os defensores da liberdade de imprensa a condenar o ato de censura.
O jornal - com o nome Viking Saga -, que existia há 54 anos nas escolas públicas desta zona, fechou no dia 19 de maio, quando a administração foi informada que eram obrigados a tal. Isto porque, três dias antes, o jornal tinha impresso a edição de junho, que trazia um tema intitulado 'Orgulho e preconceito: LGBTQIA+' que explorava as origens do mês do orgulho na história da homofobia.
Incluía ainda um editorial que se opunha a uma lei da Flórida que proíbe lições entre orientação sexual e identidade de género.
Este jornal escolar americano era publicado desde 1968, tendo conquistado este ano o terceiro lugar no Campeonato Estatal de Jornalismo da Associação de Atividades Escolares de Nebraska (NSAA), sendo um orgulho para a comunidade em que estava inserido.
Esta decisão, segundo Sara Rips, advogada da filial do Nebraska da União Americana pelas Liberdades Civis, citada pelo The Guardian, “parece uma tentativa desastrada de censurar estudantes e discriminar com base no desacordo com perspetivas e artigos que foram apresentados no jornal estudantil”.
Já o advogado da Associação de Imprensa do Nebraska, Max Kautsch, referiu ao jornal local Grand Island Independent que “a decisão da administração de eliminar o jornal escolar viola o direito [constitucional] dos alunos à liberdade de expressão, a menos que a escola possa mostrar uma razão educacional legítima para remover a opção de participar numa atividade… que publica material premiado”.
“É difícil imaginar qual poderia ser essa razão legítima”, diz ainda.
Leia Também: Alemanha suspeita que russos espiam soldados ucranianos em formação
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