Cabo Verde quer vender serviços da Imprensa Nacional no estrangeiro

Cabo Verde quer apostar na internacionalização da Imprensa Nacional do país, com a venda dos serviços no estrangeiro, com destaque para a África Ocidental, disse hoje o vice-primeiro-ministro.

Cabo Verde quer vender serviços da Imprensa Nacional no estrangeiro

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Lusa
24/08/2022 15:15 ‧ 24/08/2022 por Lusa

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Cabo Verde

Em declarações nas atividades comemorativas dos 180 anos da Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV), Olavo Correia disse que uma das apostas para o futuro da empresa passa pela internacionalização, com aumento das vendas e assim rentabilizar os investimentos.

"Prestar um serviço à escala global e à escala mundial, também para a nossa sub-região", afirmou o também ministro das Finanças cabo-verdiano, que presidiu ao ato, na cidade da Praia, em que também foi apresentado o vencedor do Prémio Literário Arnaldo França.

"Mas para que tudo aconteça nós temos que apostar nas pessoas, temos de adaptar e inovar, criar estruturas flexíveis, inteligentes, qualificar os nossos recursos humanos para os novos desafios, mas também olhar para as pessoas, para a imagem institucional e para a cultura interna", frisou o número dois do Governo.

O também ministro do Fomento Empresarial e ministro da Economia Digital completou: "Tudo isso é fundamental para mantermos a Imprensa Nacional como uma empresa moderna, que é capaz de inovar, de se reinventar, para poder estar à altura dos novos desafios com os quais nós estamos confrontados".

A gráfica de segurança é um dos grandes investimentos da INCV, que deverá ficar concluída no próximo ano, segundo o presidente da instituição, Raimundo Lopes, indicando que a obra está orçada em cerca de 470 milhões de escudos (4,2 milhões de euros), sendo 235 milhões de escudos (2,1 milhões de euros) recorrendo à banca, com aval do Estado, e o restante será financiado pela União Europeia.

"O futuro da Imprensa Nacional será desafiante, será um futuro onde vamos apostar fortemente na gráfica de segurança, que é o projeto de soberania nacional", afirmou o dirigente.

E indicou que com a gráfica Cabo Verde vai passar a personalizar no país documentos de segurança como passaporte, bilhete de identidade, cartão de residência e numa segunda fase também vai avançar com a carta de condução digital.

"O objetivo não é apenas isso, é também expandir. Sabemos que aqui em Cabo Verde o nosso mercado é reduzido e no futuro pensamos, juntamente com um parceiro, tentar alcançar os mercados da nossa sub-região africana", referiu o presidente.

Com 180 anos, a INCV é uma das mais antigas empresas do arquipélago que, além da produção e distribuição gratuita do Boletim Oficial, distribuído de forma gratuita através da Internet, assegura a produção de livros, cartões, bilhete de identidade e revistas, através da unidade gráfica, empregando 60 trabalhadores.

A Lusa noticiou em outubro que os lucros da empresa cresceram 83,9% em 2020, para 76,4 milhões de escudos (690 mil euros), face ao aumento na produção legislativa e do Boletim Oficial da República, devido à pandemia.

Com um volume de negócios de 171,9 milhões de escudos (1,5 milhão de euros) em 2020 (+18,6% face a 2019), a INCV produziu 142 edições da primeira série do Boletim Oficial e 180 da segunda série, além de 37 suplementos, totalizando 4.286 páginas.

Leia Também: PAICV com subvenção de 590 mil euros pelas legislativas de 2021

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