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UE considera acordo "passo importante" para a transição no Chade

A União Europeia (UE) classificou hoje como "um passo importante" para a transição no Chade o acordo assinado hoje em Doha entre a junta militar e os grupos rebeldes para iniciar um processo de transição em 20 de agosto.

UE considera acordo "passo importante" para a transição no Chade
Notícias ao Minuto

14:59 - 08/08/22 por Lusa

Mundo Doha

"A UE congratula todos os signatários e felicita o Estado do Qatar pelo seu contínuo apoio ao processo. A UE anima todos os grupos político-militares que ainda não aderiram ao acordo para que o façam", disse em comunicado o Serviço Europeu para a Ação Externa, liderado por Josep Borrell.

A diplomacia europeia sublinha que a adesão de mais fações rebeldes permitiria lançar um diálogo nacional "verdadeiramente inclusivo", "que deveria começar sem mais demoras".

Ainda assim, a UE recorda o seu compromisso com uma transição no país africano que garanta um regresso rápido à ordem constitucional e que satisfaça as aspirações do povo do Chade.

A junta militar no poder no Chade e alguns dos grupos rebeldes assinaram hoje, no Qatar, um acordo de paz, antes de negociações de reconciliação nacional, previstas para 20 de agosto, no país africano.

O principal grupo rebelde, no entanto, não concordou com os termos e não assinou o acordo, que prevê um cessar-fogo até ao início das negociações, na capital do Chade, N'Djamena.

A junta militar concordou também em "não realizar nenhuma operação militar ou policial contra os grupos signatários" do acordo em países vizinhos como o Sudão e a Líbia, onde alguns dos grupos se refugiaram.

A assinatura surge ao fim de cinco meses de negociações e abrange cerca de 40 de quase 60 movimentos políticos do país.

As negociações entre o Governo e os grupos armados começaram em março, após vários adiamentos, para encerrar décadas de agitação e instabilidade neste país com 16 milhões de pessoas, que passou por vários golpes de Estado.

No dia seguinte à morte do Presidente Idriss Déby Itno, morto na frente de combate contra os rebeldes em abril de 2021, o seu filho, o general Mahamat Idriss Déby Itno, foi proclamado Presidente do país, liderando, assim, o Conselho Militar de Transição composto por 15 generais.

Na altura, Mahamat Idriss Déby Itno prometeu eleições livres e democráticas no prazo de 18 meses, após um "diálogo nacional inclusivo" com toda a oposição política e todos os inúmeros movimentos rebeldes.

Leia Também: Junta no poder no Chade e rebeldes assinam acordo de cessar-fogo no Qatar

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